quarta-feira, 29 de abril de 2020

"E daí?"

Não lembro se foi o Borges ou o Jung... Um deles escreveu que quando uma pessoa morre, todo o gênero humano perde. Mas, bem sabemos, há pessoas para as quais a vida do outro não importa. Bolsonaro é uma dessas pessoas. Para ele, milhares de mortes por causa da covid-19 são comentadas com uma desrespeitosa declaração, nítido sintoma de falta de empatia, de espírito público; declaração nada condizente com alguém que ocupa o cargo de presidente de um país. No entorno, a claque, subserviente, bajuladora e tão descarada quanto o autor do comentário, riu. Outros patéticos, à distância, riram também. Há uma plateia enorme respondendo a estupidezas em uníssono: “E daí?”. 

Um comentário:

Manoel Almeida disse...

Talvez vc quisesse se referir a Ernest Hemingway, em "Por quem os sinos dobram" (For Whom the Bell Tolls). Abraço.