O insano revisionismo (ditaduras militares, nazismo) do governo federal é patológico por querer negar a história e, por vezes, a ciência (Ernesto Araújo, Ricardo Salles). Nessa insanidade, ou querem dar nomes novos a atrocidades do passado ou querem delegar a outros, que não os autores, responsabilidades por crimes cometidos ou querem destruir conquistas de governos anteriores, sejam elas quais forem.
O problema de se governar desse modo é que tal abordagem nada constrói, justamente por estar preocupada em destruir e em achar eufemismos para barbaridades (chamando-as, por exemplo, de "probleminha"). Destruir é a coisa mais fácil que há, não somente na política. O difícil é edificar, pois isso requer alguma vontade e alguma inteligência. É por isso que o governo federal não tem prontas nem sequer as bases de alguma construção.
Em vez de governar no presente, o que não implica fingir que não houve passado, para um amanhã melhor, o que se vê é o governo federal e seus familiares do alto escalão recrudescendo discursos bélicos, em vez de apresentarem projetos e de agirem para executá-los. Sintomaticamente, em vez de tentar resolver problemas, o governo vai à caça deles; exemplo disso foi o caso da tentativa de transferência da embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém. Embora tenha sido promessa de campanha, o que haverá em Jerusalém não é uma embaixada, mas um escritório comercial. Três meses se passaram e o Brasil segue à deriva.
O governo tem na abjeta reforma da previdência, que será aprovada, a esperança de que ela dê algum fôlego para ele. Quando isso ocorrer, enquanto o governo estiver inspirando, a vida dos pobres começará a piorar. Terá sido esse o legado de uma equipe sem programa político. Uma equipe que insiste em negar a história e que somente sabe demolir.
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