Um dos problemas do ignorante é supor que o outro é tão ignorante quanto ele. Um dia desses, havia um carro prata em frente ao bar em que eu estava. Ocupando todo o vidro de trás do automóvel, um adesivo. Na parte esquerda dele, um desenho com o dedo médio da mão em riste.
Isso, por si, já seria agressivo, desnecessário. É como o caso que comentei em texto anterior, sobre pessoa num restaurante usando camiseta em que se lia “fuck you”. No caso do adesivo do carro, à direita dessa mão com o dedo em riste, os seguintes dizeres: “Não adianta encostar nem buzinar. Vou passar de lado”.
A princípio, não entendi o sentido da agressão. Foi quando alguém no bar me explicou que os dizeres no adesivo foram usados por se tratar de um carro rebaixado; quando esse tipo de veículo tem de passar sobre um quebra-molas, o motorista manobra para que o carro passe de esguelha, pois, se assim não for, o soalho, rente ao chão, vai raspar no quebra-molas.
De antemão, o sujeito agride, ainda que não tenha sido agredido. Ele exibe o dedo médio em riste e diz que a buzina do outro de nada vai adiantar — mesmo o próximo nada tendo feito. Antecipando uma agressão que não veio, o indivíduo agride. Além do mais, ainda que essa agressão já tenha vindo, isso não é justificativa convincente para se usar o adesivo.
Nada há nada de errado em dirigir veículos rebaixados; cada um faz de seu carro o que bem entender. O que é ofensiva é a manifestação da premissa de quem já vê na outra pessoa um agressor. O sujeito já partiu para o embate, na tentativa de afastar de si o próximo, que, na ótica de quem porta um adesivo desse teor, é o problema, sem se dar conta de que entrave e agressão já partiram é de quem se orgulha em exibir pelas ruas desenho e dizeres tão ignorantes.
Isso, por si, já seria agressivo, desnecessário. É como o caso que comentei em texto anterior, sobre pessoa num restaurante usando camiseta em que se lia “fuck you”. No caso do adesivo do carro, à direita dessa mão com o dedo em riste, os seguintes dizeres: “Não adianta encostar nem buzinar. Vou passar de lado”.
A princípio, não entendi o sentido da agressão. Foi quando alguém no bar me explicou que os dizeres no adesivo foram usados por se tratar de um carro rebaixado; quando esse tipo de veículo tem de passar sobre um quebra-molas, o motorista manobra para que o carro passe de esguelha, pois, se assim não for, o soalho, rente ao chão, vai raspar no quebra-molas.
De antemão, o sujeito agride, ainda que não tenha sido agredido. Ele exibe o dedo médio em riste e diz que a buzina do outro de nada vai adiantar — mesmo o próximo nada tendo feito. Antecipando uma agressão que não veio, o indivíduo agride. Além do mais, ainda que essa agressão já tenha vindo, isso não é justificativa convincente para se usar o adesivo.
Nada há nada de errado em dirigir veículos rebaixados; cada um faz de seu carro o que bem entender. O que é ofensiva é a manifestação da premissa de quem já vê na outra pessoa um agressor. O sujeito já partiu para o embate, na tentativa de afastar de si o próximo, que, na ótica de quem porta um adesivo desse teor, é o problema, sem se dar conta de que entrave e agressão já partiram é de quem se orgulha em exibir pelas ruas desenho e dizeres tão ignorantes.
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