Em texto de 1987, Mario Vargas Llosa escreve sobre “Lolita”, do Nabokov. O último parágrafo-frase do texto é “sí, cumplidos los treinta, Dolores Haze, Dolly, Lo, Lo-li-ta, sigue fresca, equívoca, prohibida, tentadora, humedeciendo los labios y acelerando el pecho de los caballeros que, como Humbert Humbert, aman con la cabeza y sueñan con el corazón”.
No dia vinte de março deste ano, publiquei postagem em que mencionei o que uma aluna dissera certa vez em sala de aula; segundo ela, a gente ama é do fundo do cérebro. A estudante me disse na ocasião de quem ouvira o comentário, mas não lembro quem possa ter sido.
À parte isso, o Llosa já havia usado a expressão “aman con la cabeza” na segunda metade da década de 80. Não se trata aqui de buscar a gênese desse pensamento ou dessa expressão. A questão é que a ideia de que se ama com a cabeça é atraente demais. Penso que voltarei ao tema.
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