Surge, na linha reta do horizonte,
o não imaginado por aqueles que,
em terra, observam o que traz o mar.
O não convocado flutua sobre águas.
Agiganta-se o olhar nu do contemplador.
O não concebido deixa as águas
e pisa solo firme, doce, pródigo.
Vem do mar azul o buscador, que já
embarcara tingindo d’ouro seu destino.
A ele chegando, chama-o de paraíso.
Todavia, bafeja nele ares infernais.
Deixa de ser jardim, o éden invadido.
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