domingo, 6 de dezembro de 2015

APONTAMENTO 297

Quando se ama, qualquer palavra ou manifestação vinda do ser amado assume significado transcendental. O que vem do ser amado eleva, por mais banal que seja. Um “bom-dia” via celular, um doce, o simplesmente estar perto de quem tanto se quer. A voz, a pele, o som da risada, o jeito de caminhar, os gestos, os talentos. As coisas que compõem o que a pessoa é significam demais para quem contempla; diante do ser amado, pacifica-se, agita-se, sonha, perde-se; longe dele, pacifica-se, agita-se, sonha, perde-se, comprazendo-se no desassossego. Quem ama quer falar do amor que sente. Se não pode fazê-lo, quanto mais se cala, mais sente necessidade de manifestar o amor sentido. Quando conversa com alguém, quer achar um modo de falar nem que seja o nome de quem se ama, pois é sempre gostoso pronunciar o nome de quem se ama. 

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