quarta-feira, 24 de junho de 2015

APONTAMENTO 266

Tem uma leveza bonita. Acho que é o jeito de se movimentar. Não é malemolente nem acelerado. Não há arrancos, não há lentidão. É como se fosse um movimento sutil (por isso marcante) e contínuo. Um meio termo que também está na voz, que, se não grita, também, sem afetação, não sussurra. Um modo de existir que não é apagado, mas que está longe de querer ofuscar. Uma existência que flui, que parece se esgueirar. Sem esforço aparente, destaca-se. É como se existir fosse a mais espontânea das ações. 

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