Serve para a poesia
um amor que deu certo.
Ou um que malogrou.
A amizade serve,
bem como o ódio.
Servem a culinária
ou a política.
Servem os nobres,
servem os tolos,
servem os cães,
servem os risos.
O que para mim existe
existe para servir à poesia.
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