Ernest Renan, em seu “Vida de Jesus”, defende um Jesus histórico, mas não menos admirável. O autor ousa não somente ao negar os dogmas, mas também por interpretar à luz da história e do rigor científico o que teria ocorrido com Jesus. Se lido com espírito aberto, espírito que deve ser, a rigor, o de toda leitura, Renan tem muito a ensinar sobre a arte de ler e sobre a arte de interpretar. Lidando com um grande personagem, o historiador compôs um livro formidável. Negando o pilares de uma tradição edificada depois da morte de Cristo, Renan postula que não houve os milagres nem houve a ressurreição atribuídos a Cristo, mas não deixa de tornar clara a complexidade de seu personagem, evidenciando, ao mesmo, seu caráter humano.
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