Independentemente de quem ganhe as eleições presidenciais, Marina Silva é a grande derrotada. Não somente por não ter avançado para o segundo turno. Luciana Genro também não avançou, mas deixa uma imagem positiva — pelo menos para aqueles que defendem pautas progressistas.
Não estou aqui decretando o fim da carreira política de Marina. Além do mais, boa parte dos eleitores não querem se informar ou se informam pelos mesmos poderosos meios, que, no futuro, podem abarcar novamente a candidatura dela.
Da subserviência a Malafaia à mendicância pelo apoio de Mark Ruffalo, Marina deixa estas eleições passando a imagem de alguém que é menor do que o cargo que estava disputando. O dano que suponho ter ficado na carreira política dela não seria menor, presumo, se ela estivesse apoiando Dilma.
Qualquer político, e isto é inevitável, está atrelado a uma série de interesses. Ao lidar com eles, a candidata do PSB acabaria numa teia de contradições que negava as causas outrora defendidas por ela. Ao querer servir a vários senhores, deixou a imagem ruim de quem não é senhora de si. Mas trata-se de política: a derrota pode ser momentânea.
Nenhum comentário:
Postar um comentário