Marina Silva havia declarado que não aceitaria grana de “companhias da indústria bélica, do tabaco, de bebidas alcoólicas e de agrotóxicos nessas eleições”, de acordo com o Pragmatismo Político. Já Márcio França, coordenador financeiro da campanha de Marina, foi prático: “Não tem problema algum se a doação for legal. Pode vir dinheiro da indústria de armas, de bebidas, do que for”. A Ambev, por exemplo, ajuda a financiar tanto a campanha de Dilma quanto a de Aécio. Não será surpresa se, depois da declaração de França, a empresa ajudar a financiar também a de Marina.
Os que se dizem cansados da “velha política” e certa parcela da juventude têm visto em Marina uma espécie de terceira via, que, em tese, pavimentaria uma nova política. Contudo, a declaração do coordenador financeiro da candidata deixa claro que, para governar, Marina tem de, assim como qualquer outro candidato, ceder a muita coisa às quais disse que não cederia. Ela parece ser diferente da “velha política”. Só parece.
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