É preciso ser um grande artista ou ser muito inteligente para fazer com que paixões, ódios ou ranços não destruam um texto. O Rodrigo Constantino, da Veja, até agora, não deu provas de ser um grande artista. E deu provas de que não é muito inteligente.
Escreveu ele que o logotipo da Copa do Mundo, com o “2014” em vermelho, seria propaganda subliminar para o PT. O colunista tornou-se motivo de chacota. Segundo o Pragmatismo Político, Vincent Bevins, do Los Angeles Times, fez piada com o colunista da Veja.
Ainda segundo o Pragmatismo Político, o logotipo é uma criação da agência África. Integravam a equipe que escolheu a arte com o “2014” em vermelho: o presidente do Comitê Organizador Local da Copa (COL), Ricardo Teixeira, o secretário da Fifa, Jerome Valcke, Oscar Niemeyer, Paulo Coelho, Ivete Sangalo, Gisele Bündchen e Hans Donner.
Num tributo à neura do Constantino, posto, abaixo, a letra de “Vermelho”, composição de Chico da Silva. A canção foi um grande sucesso na voz da Márcia Freire. A Fafá de Belém também a gravou. Há ainda, pelo menos, uma outra gravação que já escutei, embora não me lembre com quem (lembro-me de que era voz masculina).
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Vermelho (Chico da Silva)
A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som da minha voz
Vermelho, vermelhaço, vesmelhusco
Vermelhante, vermelhão
O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor (vermelho)
A cor do meu batuque
Tem o toque, tem o som da minha voz
Vermelho, vermelhaço, vesmelhusco
Vermelhante, vermelhão
O velho comunista se aliançou
Ao rubro do rubor do meu amor
O brilho do meu canto tem o tom
E a expressão da minha cor (meu coração)
Meu coração é vermelho
De vermelho vive o coração
Tudo é garantido após a rosa avermelhar
Tudo é garantido após o sol vermelhecer
Vermelhou no curral
A ideologia do folclore avermelhou
Vermelhou a paixão
O fogo de artifício da vitória avermelhou
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