sábado, 21 de junho de 2014

ANAGRAMAS

O aroma da amora,
o pardo prado.
O quarto, o quatro.
Lidar com o ardil,
o caos, o caso:
coisa ciosa.

O poder podre.
Escalo a escola.
Lavo o alvo,
a lava alva.

Algo, lago, Olga;
usada, suada.
Salta no atlas.
É dia, é ida.

Lato alto.
Pena, pane.
Nado na onda.
Misto de istmo.

Revelar, relevar.
Eu queria — queira.
Alegria, alergia.
Temi o time,
a alma na lama.
Na sala, alas.
Anda, nada.
O ator na rota.

A lata é alta.
Nela, anel.
Aram, Mara.
No ramo, amor.
Usar, suar,
soar raso.
No solo, em Oslo.
Luar, Raul.
Assim, missa.

O atol lota.
Gato em toga,
gato em gota.
Ave, Eva!
O gelo, o gole.
Tanto e tonta.

Ando na onda.
O faro, o fora.
Garça e graça.
O parto é porta,
a pedra é perda.
Orar é raro.
Rubro rubor.
O fruto do furto
em torno do trono. 

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