quinta-feira, 1 de maio de 2014

A HISTÓRIA DE DEMÓSTENES E JUSSARA

Demóstenes jurou que amaria Jussara.
Jussara jurou que seria de Demóstenes.
Os dois então se amavam às escondidas.
Em baldeações, lábios eram sofreguidão.

Demóstenes um dia propôs que fugissem.
Jussara teve medo, os dois conversaram.
Combinaram de ele passar na casa dela.
O vaso de planta na janela seria um “sim”.

No outro dia, Demóstenes arreou o cavalo.
Guiou em trote amoroso um vultoso alazão.
O coração, disparado, viu ao longe a fazenda.
O peito, acelerado, só quer saber da janela.

Chegando, nem vaso nem flor nem Jussara.
Pelo buraco da janela, ela amou o cavaleiro.
No depois, Jussara nunca mais saiu de casa.
Sem desapear, Demóstenes vaga pelo mundo. 

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