“Espero que o Brasil abrace a oportunidade que lhe foi dada com a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Queremos mostrar ao mundo nossos lados positivos: amor à vida, nosso espírito e um belo país. Incidentes como os que aconteceram na Copa das Confederações, quando um evento esportivo foi atrapalhado por protestos políticos, não deveriam ser permitidos de novo”.
A declaração acima é de Pelé; foi dada à revista da Fifa. Na mesma entrevista ele disse que o Chile é um dos favoritos para ser o campeão da Copa do Mundo no Brasil (sic). Sobre a brincadeira de que Pelé seria pé-frio, em 2013 uma campanha publicitária na Colômbia pedia que Pelé não mais apontasse o time colombiano como favorito; quando isso ocorreu, em 1994, a Colômbia foi eliminada na primeira fase.
Pelé foi cooptado pelos que mandam no futebol. Não sei se ele recebe por isso. Recebendo ou não, tem sido lamentável quando ele dá entrevista. O Romário, que hoje é deputado federal e já foi jogador, disse que “Pelé não tem consciência nenhuma do que está acontecendo no País”. Se não tem mesmo, isso seria mais um motivo para que ele, Pelé, ficasse calado quando o assunto fosse questões políticas e sociais.
O que levaria Pelé a ficar do lado de gente que está na Fifa e na CBF? Prefiro acreditar que ele não seja títere dos caciques que imperam no futebol; prefiro acreditar que ele não seja ingênuo a ponto de realmente acreditar que Fifa e CBF fazem bem para o País. Do que não faço ideia, é do que o levaria a dar declarações tão... sem senso de realidade. Será o dinheiro o que o leva a estar do lado das entidades que comandam o futebol? Será a vaidade?... Será que ele acha que proferir as bravatas de que é capaz significa ser patriota? Novamente, Romário: “O Pelé, calado, é um poeta”.
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