quarta-feira, 31 de março de 2010

"INTO IT" DE EDWARD POMERANTZ


Já comentei aqui sobre “Caught”, do diretor Robert M. Young. Os leitores deste blogue e todos os meus amigos sabem que gostei demais do filme. Tanto que pedi o livro no qual o filme é baseado. A obra, cujo título é “Into it”, foi escrita por Edward Pomerantz. Ele é também o roteirista do filme. Salvo engano, não há edição em português do livro.

Embora pedido há muito tempo, faz somente alguns dias que o livro chegou. Como é curto e tem uma linguagem fácil, eu o li em dois dias. Pomerantz não inventa firulas, não se mete a manejar manjados truques literários. De tão direto que narra, é como se, por assim dizer, ele não quisesse fazer literatura. Vejo isso como mérito.

Contudo, os personagens no livro não têm a mesma densidade e complexidade que têm no filme. E isso me pareceu curioso, já que Pomerantz é o autor do livro e do roteiro do filme. Como assisti ao filme antes de ler o livro, levei para este uma série de expectativas, mesmo já tendo em mente o velho pensamento de que livros ruins geralmente dão filmes bons e vice-versa.

“Into it” não é um livro ruim. Ainda assim, senti muita falta da riqueza e das nuances que o filme apresenta. Na segunda metade do enredo, livro e filme são bastante distintos, embora o fio condutor e os personagens sejam os mesmos. Só que o filme faz com que conheçamos melhor os personagens, que sintamos melhor os dramas por que estão passando, apesar da aparência tranquila.

6 comentários:

Rusimário disse...

Oi Lívio, se meu 'latin' não tivesse tão enferrujado iria te pedir esse livro emprestado. De cara já gostei do autor pelas ausências de firulas e truques literários. Grande abraço

Lívio Soares de Medeiros disse...

Olá, Rusimário.

Eu também não gosto dessas firulas, e Pomerantz, definitivamente, não as tem.

Grato por conferir.

Chris Rocha disse...

Oi!
Creio que o cinema é uma arte de várias"autorias": a do diretor, que rege tudo, a do editor(junto ao diretor),do elenco, dentre outros.Já uma obra literária cabe única e exclusivamente ao autor e ao leitor compor tudo.Pelo que me lembre, a atuação da atriz em específico deu toque de midas no filme pra você,né...
Espero não ter falado muita bestiera(rs).

Lívio Soares de Medeiros disse...

De fato, Chris: fiquei mesmo impressionado com a atuação da Maria Conchita Alonso. Não somente pela atuação em si, mas também pela estupenda e exuberante sensualidade que ela imprimiu à personagem.

Anônimo disse...

Se passaram 2 anos...
Mas se ainda tiver o livro e puder emprestar. Acabei de ler um agora e estou pronto para começar outro.

Lívio Soares de Medeiros disse...

Poxa, dois anos se passaram... Tudo passou, como sempre, rápido...

Claro que posso emprestar o livro - mas preciso saber quem o está pedindo...

Valeu.