Em teu corpo,
mora o amor.
Teu corpo,
quero habitar.
sexta-feira, 31 de julho de 2009
quarta-feira, 29 de julho de 2009
CONTO 36
Abigail conhecia todos os homens da cidade. Sabia das manias e das preferências de cada um. Por um ou por outro, chegou a nutrir certo afeto, mas nada além disso. Certo dia, apaixonou-se por um forasteiro e deixou a cidade. Pelo forasteiro, sentiu amor, mas foi abandonada por ele, que fugiu com uma cigana. Ela então voltou para a cidade natal. Deixou de lado a vida que levava, fechando-se em casto comedimento. A todos os homens que a procuravam com as mais tentadoras propostas, sedentos por reviver as estripulias do passado, ela dizia que voltaria um dia a entregar seu corpo só se fosse por amor. Morreu casta.
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FOTOPOEMA 121
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terça-feira, 28 de julho de 2009
FOTOPOEMA 120
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FOTOPOEMA 119
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LETRA DE MÚSICA (15)
Se eu fosse vento,
haveria brisa em tua pele.
Se eu fosse estrela,
nunca ficarias sem rumo.
Se eu fosse chuva,
embalaria teu sono.
Se eu fosse breu,
embalaria teu sonho.
Se eu fosse luz,
acenderia teus olhos.
Mas não sou vento,
não sou estrela,
não sou chuva,
não sou breu,
não sou luz.
Sou gente.
Se tenho encanto,
é encanto de gente.
E o encanto de gente
está longe do encanto
do vento, da estrela,
da chuva, do breu, da luz.
Encanto de gente é se encantar.
Tu és encantadora.
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domingo, 26 de julho de 2009
FOTOPOEMA 118
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sábado, 25 de julho de 2009
METONÍMIAS
O navio partiu.
E o cais morreu
de saudade.
E o cais morreu
de saudade.
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quinta-feira, 23 de julho de 2009
TEMPO DE AMAR
Mesmo depois de tanto olhar,
não se cansaram os olhos meus.
Esse amor é mesmo infatigável.
E tenaz e paciente e gigante.
Meu amor dura sempre por
ser alimentado a cada segundo.
Folhas caíram, o norte nevou.
De cada estação, uma metáfora.
O que são os segundos?
O que são as horas?
O que são os dias?
O que são os anos?
Tudo isso já passou.
O que há é meu amor,
que sabe de coração
seu caminho e seu tempo.
Teu corpo e meu corpo.
A gente se cansa por amor.
A gente descansa por amor.
A gente recomeça por amor.
não se cansaram os olhos meus.
Esse amor é mesmo infatigável.
E tenaz e paciente e gigante.
Meu amor dura sempre por
ser alimentado a cada segundo.
Folhas caíram, o norte nevou.
De cada estação, uma metáfora.
O que são os segundos?
O que são as horas?
O que são os dias?
O que são os anos?
Tudo isso já passou.
O que há é meu amor,
que sabe de coração
seu caminho e seu tempo.
Teu corpo e meu corpo.
A gente se cansa por amor.
A gente descansa por amor.
A gente recomeça por amor.
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FOTOPOEMA 117
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LETRA DE MÚSICA (14)
Estrelas se fecham,
arrebóis dizem adeus.
Haverá um tempo em que
tua saudade estará vaga?
Há dias em que
a saudade de ti dói mais.
Há dias em que
a saudade de ti dói demais.
Que eu acabe enfim.
Que eu acabe em sim.
arrebóis dizem adeus.
Haverá um tempo em que
tua saudade estará vaga?
Há dias em que
a saudade de ti dói mais.
Há dias em que
a saudade de ti dói demais.
Que eu acabe enfim.
Que eu acabe em sim.
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FOTOPOEMA 116
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terça-feira, 21 de julho de 2009
SEGUNDO O AMOR
O amor insere eternidade
entre um segundo e outro.
Fico inventando o que fazer,
imagino-te aqui...
Esse tempo que parece
não querer passar,
enquanto a ânsia
por tudo o que és
é tudo o que sou.
entre um segundo e outro.
Fico inventando o que fazer,
imagino-te aqui...
Esse tempo que parece
não querer passar,
enquanto a ânsia
por tudo o que és
é tudo o que sou.
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PELEJA COM EDITORAS
Quando lancei meu segundo livro, em 2003, escrevi, em breve texto biográfico que compõe a edição, que era minha intenção lançar em livro as crônicas outrora publicadas em jornais. Recentemente, quando comentei com alguns amigos a intenção, sugeriram que eu procurasse editoras para a execução do projeto.
Confesso que não estou com ânimo para tentar a publicação por intermédio de alguma editora. Sou realista. A publicação tem um grande “entrave”: não sou conhecido. Que interesse poderia haver por parte de uma editora em publicar um livro de textos escritos entre 1992 e 2008 por um autor que ninguém conhece e publicados em jornais de uma cidade do interior?
Obviamente, não estou desmerecendo nem meus textos nem os meios em que foram publicados nem a cidade. Num exercício talvez inútil, estou apenas tentando, por assim dizer, pensar como um editor que analisa se coloca (ou não) um produto à venda no mercado.
Fosse eu alguém consagrado, talvez pudessem se interessar. Talvez. Assim, esta postagem é uma espécie de justificativa para os amigos, que têm sugerido a busca por uma editora. Mas não pensem que não sei o que é a peleja de se tentar publicação por meio delas.
Na maioria das vezes em que entrei em contato com elas, não obtive retorno. E quando há algum, são geralmente lacônicos e pouco gentis. Num desses contatos, enviei e-mail perguntando se eu poderia encaminhar um livro de poesia. A íntegra da resposta: “A editora ... somente publica textos de autores consagrados”.
O que não é verdade, pois sei que a tal editora publica também autores inéditos. Nem quiseram dar uma olhada no material; para tanto, valeram-se de uma evasiva mentirosa. Contudo, sei que não darei sossego para os editores. Terão ainda de enviar muitas respostas lacônicas e pouco gentis.
Confesso que não estou com ânimo para tentar a publicação por intermédio de alguma editora. Sou realista. A publicação tem um grande “entrave”: não sou conhecido. Que interesse poderia haver por parte de uma editora em publicar um livro de textos escritos entre 1992 e 2008 por um autor que ninguém conhece e publicados em jornais de uma cidade do interior?
Obviamente, não estou desmerecendo nem meus textos nem os meios em que foram publicados nem a cidade. Num exercício talvez inútil, estou apenas tentando, por assim dizer, pensar como um editor que analisa se coloca (ou não) um produto à venda no mercado.
Fosse eu alguém consagrado, talvez pudessem se interessar. Talvez. Assim, esta postagem é uma espécie de justificativa para os amigos, que têm sugerido a busca por uma editora. Mas não pensem que não sei o que é a peleja de se tentar publicação por meio delas.
Na maioria das vezes em que entrei em contato com elas, não obtive retorno. E quando há algum, são geralmente lacônicos e pouco gentis. Num desses contatos, enviei e-mail perguntando se eu poderia encaminhar um livro de poesia. A íntegra da resposta: “A editora ... somente publica textos de autores consagrados”.
O que não é verdade, pois sei que a tal editora publica também autores inéditos. Nem quiseram dar uma olhada no material; para tanto, valeram-se de uma evasiva mentirosa. Contudo, sei que não darei sossego para os editores. Terão ainda de enviar muitas respostas lacônicas e pouco gentis.
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domingo, 19 de julho de 2009
DIA DE BONGÔ (2)
Ontem, tive novamente o privilégio de acompanhar Pablo Marques e Marina Morais em mais um show num dos bares da cidade. Agradeço aos dois pela oportunidade.
Abaixo, trecho da apresentação. A canção é “Não vá embora”, sucesso da Marisa Monte. A composição é dela e de Arnaldo Antunes. Também abaixo a letra da canção.
E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida
Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Abaixo, trecho da apresentação. A canção é “Não vá embora”, sucesso da Marisa Monte. A composição é dela e de Arnaldo Antunes. Também abaixo a letra da canção.
E no meio de tanta gente eu encontrei você
Entre tanta gente chata sem nenhuma graça, você veio
E eu que pensava que não ia me apaixonar
Nunca mais na vida
Eu podia ficar feio só perdido
Mas com você eu fico muito mais bonito
Mais esperto
E podia estar tudo agora dando errado pra mim
Mas com você dá certo
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Eu podia estar sofrendo caído por aí
Mas com você eu fico muito mais feliz
Mais desperto
Eu podia estar agora sem você
Mas eu não quero, não quero
Por isso não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
Por isso não vá, não vá embora
Por isso não me deixe nunca nunca mais
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sábado, 18 de julho de 2009
LETRA DE MÚSICA (13)
Toca-se com amor um instrumento.
Toca-se com amor um corpo.
O instrumento é corpo amoroso.
O corpo é instrumento amoroso.
Há melodias que extraio
de meu instrumento musical.
Mas as composições perfeitas
são as que faço nascer de teu corpo.
Toca-se com amor um corpo.
O instrumento é corpo amoroso.
O corpo é instrumento amoroso.
Há melodias que extraio
de meu instrumento musical.
Mas as composições perfeitas
são as que faço nascer de teu corpo.
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LETRA DE MÚSICA (12)
Darei mil voltas em teu quarteirão,
inventarei mil e um motivos.
Prosseguirei firme e amoroso em tua direção,
desde que tua voz chame pelo meu nome.
Numa certa noite a estrela caiu.
Numa madrugada a ave acordou.
O rádio tocou nossa canção,
os amigos brindaram sorridentes.
No que presencio, quero tua presença.
É outra a graça das coisas quando
também olhas para o que vivo.
Quero viver em teu olhar.
inventarei mil e um motivos.
Prosseguirei firme e amoroso em tua direção,
desde que tua voz chame pelo meu nome.
Numa certa noite a estrela caiu.
Numa madrugada a ave acordou.
O rádio tocou nossa canção,
os amigos brindaram sorridentes.
No que presencio, quero tua presença.
É outra a graça das coisas quando
também olhas para o que vivo.
Quero viver em teu olhar.
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quarta-feira, 15 de julho de 2009
"C'MON, CRAZY PEOPLE!"
Hoje foi dia de me lembrar demais da Rádio Mundial, do Rio de Janeiro, que escutei assiduamente na década de 80.
A Mundial não existe mais – hoje, é a CBN (Central Brasileira de Notícias), que tem afiliadas espalhadas pelo Brasil.
Eu me lembrei da Mundial porque consegui uma canção que escutava demais pela emissora – “Duel”, do grupo Propaganda. Consegui a versão longa, com seus dois minutos e dois segundos de introdução.
No começo, apenas teclado e bateria; depois do primeiro minuto, entra o baixo e uma discreta intervenção de guitarra; teclado e bateria continuam.
Como era bom escutar a Mundial e os sucessos da época. A primeira vez em que escutei “Papa don’t preach”, da Madonna, foi pela Mundial. A primeira vez em que escutei “The finest”, com SOS Band, foi também pela Mundial.
Na época, eu tinha aula às 7h. Antes de ir, ficava escutando a Mundial. Depois, à noite, a partir das 20h, Mundial outra vez. Só desligava quando o sono batia.
Foi lá que trabalhou o lendário Big Boy, na década de 60. Como nasci em 1970, não tive o privilégio de escutar o Big Boy enquanto ele esteve na Mundial. Mas na adolescência, eu já tinha a voz dele gravada em fita cassete (você que é jovem, pergunte para seus avós o que é isso).
O Big Boy esteve aqui em Patos de Minas. Meu pai já havia comentado isso comigo. Assim que comecei a trabalhar em rádio, uma das primeiras coisas que procurei saber foi sobre a passagem do Big Boy por aqui. José Afonso e Edson Geraldo (que morreu em setembro do ano passado) tiveram contato com ele.
José Afonso conversou informalmente com o astro da Mundial; já Edson Geraldo o entrevistou para a Rádio Clube. No Youtube, há material sobre o Big boy (caso se interesse, procure por Big Boy e/ou Rádio Mundial).
Nada como uma tarde saudosista. O Guimarães Rosa escreveu que “toda saudade é uma espécie de velhice”. Mas até a velhice pode ser embalada por música.
A Mundial não existe mais – hoje, é a CBN (Central Brasileira de Notícias), que tem afiliadas espalhadas pelo Brasil.
Eu me lembrei da Mundial porque consegui uma canção que escutava demais pela emissora – “Duel”, do grupo Propaganda. Consegui a versão longa, com seus dois minutos e dois segundos de introdução.
No começo, apenas teclado e bateria; depois do primeiro minuto, entra o baixo e uma discreta intervenção de guitarra; teclado e bateria continuam.
Como era bom escutar a Mundial e os sucessos da época. A primeira vez em que escutei “Papa don’t preach”, da Madonna, foi pela Mundial. A primeira vez em que escutei “The finest”, com SOS Band, foi também pela Mundial.
Na época, eu tinha aula às 7h. Antes de ir, ficava escutando a Mundial. Depois, à noite, a partir das 20h, Mundial outra vez. Só desligava quando o sono batia.
Foi lá que trabalhou o lendário Big Boy, na década de 60. Como nasci em 1970, não tive o privilégio de escutar o Big Boy enquanto ele esteve na Mundial. Mas na adolescência, eu já tinha a voz dele gravada em fita cassete (você que é jovem, pergunte para seus avós o que é isso).
O Big Boy esteve aqui em Patos de Minas. Meu pai já havia comentado isso comigo. Assim que comecei a trabalhar em rádio, uma das primeiras coisas que procurei saber foi sobre a passagem do Big Boy por aqui. José Afonso e Edson Geraldo (que morreu em setembro do ano passado) tiveram contato com ele.
José Afonso conversou informalmente com o astro da Mundial; já Edson Geraldo o entrevistou para a Rádio Clube. No Youtube, há material sobre o Big boy (caso se interesse, procure por Big Boy e/ou Rádio Mundial).
Nada como uma tarde saudosista. O Guimarães Rosa escreveu que “toda saudade é uma espécie de velhice”. Mas até a velhice pode ser embalada por música.
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terça-feira, 14 de julho de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (55)
Para tirar esta foto, estiquei o braço para fora do carro e apertei o obturador. Eu estava no banco da frente do passageiro.
A intenção inicial era fotografar uma plantação de girassóis. Mas hoje, lá chegando, eles já estavam murchos.
Ainda assim, eu, Carlos (o motorista) e Hugo (o filho dele) demos uma volta de carro pela estradinha que há no meio da plantação, na esperança de achar um trecho em que os girassóis estivessem mais vistosos.
Não obtendo sucesso, já estávamos fazendo o caminho de volta quando Carlos avistou a seriema acima. Pedi a ele que parasse e tirei algumas fotos.
A intenção inicial era fotografar uma plantação de girassóis. Mas hoje, lá chegando, eles já estavam murchos.
Ainda assim, eu, Carlos (o motorista) e Hugo (o filho dele) demos uma volta de carro pela estradinha que há no meio da plantação, na esperança de achar um trecho em que os girassóis estivessem mais vistosos.
Não obtendo sucesso, já estávamos fazendo o caminho de volta quando Carlos avistou a seriema acima. Pedi a ele que parasse e tirei algumas fotos.
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segunda-feira, 13 de julho de 2009
ENTENDIMENTO
Entendo os fracassados.
Entendo os vitoriosos.
Entendo os dependentes da beleza.
Entendo os dependentes.
Entendo o batuque e a melodia.
Entendo os impetuosos.
Entendo os covardes.
Entendo os belos.
Entendo os feios.
Entendo os que se emocionam.
Entendo os frios.
Entendo os rios.
Entendo os viciados.
Entendo os virtuosos.
Entendo os cantores e os desafinados.
Entendo os tímidos.
Entendo os palhaços.
Entendo os palhaços tímidos.
Entendo as virgens e as putas.
Entendo a sanfona e o oboé.
Entendo os místicos.
Entendo os ateus.
Entendo os que nunca acordam.
Entendo os gênios.
Entendo os tolos.
Entendo os santos e os assassinos.
Entendo Rolando Boldrin e Keith Moon.
Entendo Van Gogh e Da Vinci.
Entendo o Vale do Jequitinhonha e Tóquio.
Falta eu me entender.
Entendo os vitoriosos.
Entendo os dependentes da beleza.
Entendo os dependentes.
Entendo o batuque e a melodia.
Entendo os impetuosos.
Entendo os covardes.
Entendo os belos.
Entendo os feios.
Entendo os que se emocionam.
Entendo os frios.
Entendo os rios.
Entendo os viciados.
Entendo os virtuosos.
Entendo os cantores e os desafinados.
Entendo os tímidos.
Entendo os palhaços.
Entendo os palhaços tímidos.
Entendo as virgens e as putas.
Entendo a sanfona e o oboé.
Entendo os místicos.
Entendo os ateus.
Entendo os que nunca acordam.
Entendo os gênios.
Entendo os tolos.
Entendo os santos e os assassinos.
Entendo Rolando Boldrin e Keith Moon.
Entendo Van Gogh e Da Vinci.
Entendo o Vale do Jequitinhonha e Tóquio.
Falta eu me entender.
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domingo, 12 de julho de 2009
A HISTÓRIA POR TRÁS DA FOTO (54)
Nessa sexta, participei de festa em um de meus locais de trabalho. Houve pipoca, quentão, correio elegante, quadrilha e tudo o mais.
Levei a câmera para registrar informalmente o evento. Depois das 23h, a Lua também veio conferir o auê, despontando atrás de um prédio.
Procurando um melhor ângulo para fotografá-la, vi que poderia haver uma composição em que a Lua estivesse atrás das folhagens de uma árvore.
Como era noite, eu sabia que as condições eram desfavoráveis: eu estava sem tripé e teria de usar uma velocidade muito baixa, o que de fato ocorreu.
Para evitar foto tremida, escorei na porta de um estabelecimento ao lado da escola, prendi a respiração antes de cada foto e comecei a fotografar.
Para a foto acima, usei velocidade de 1/4. Isso significa um intervalo de um segundo dividido por quatro. Parece um tempo muito rápido, mas para a fotografia é mais do que o bastante para que a foto saia tremida, ainda mais que eu estava usando o zoom.
A abertura foi F/5. Usei ISO 400 e exposição manual. O registro foi feito com câmera digital compacta, às 23h25.
Levei a câmera para registrar informalmente o evento. Depois das 23h, a Lua também veio conferir o auê, despontando atrás de um prédio.
Procurando um melhor ângulo para fotografá-la, vi que poderia haver uma composição em que a Lua estivesse atrás das folhagens de uma árvore.
Como era noite, eu sabia que as condições eram desfavoráveis: eu estava sem tripé e teria de usar uma velocidade muito baixa, o que de fato ocorreu.
Para evitar foto tremida, escorei na porta de um estabelecimento ao lado da escola, prendi a respiração antes de cada foto e comecei a fotografar.
Para a foto acima, usei velocidade de 1/4. Isso significa um intervalo de um segundo dividido por quatro. Parece um tempo muito rápido, mas para a fotografia é mais do que o bastante para que a foto saia tremida, ainda mais que eu estava usando o zoom.
A abertura foi F/5. Usei ISO 400 e exposição manual. O registro foi feito com câmera digital compacta, às 23h25.
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quinta-feira, 9 de julho de 2009
FESTIVAL MARRECO TERÁ SEGUNDA EDIÇÃO
No dia 20 de setembro, no Parque Municipal do Mocambo, será realizada a segunda edição do Festival Marreco de Cultura Independente. A organização do evento é da Peleja Criação Cultural, composta por Alan Girardeli, Vane Pimentel, Maíra Miller, Mara Porto, Eduardo Moe e Ciro Nunes.
As inscrições para o Festival podem ser feitas até o dia 18 de julho. Além do Festival, oficinas culturais serão realizadas no período de 14 a 19 de setembro (o local das oficinas ainda não foi definido pela equipe do Peleja Criação Cultural). Mais informações podem ser obtidas neste endereço.
Os responsáveis pelo Festival têm experiência na organização e na participação de eventos similares. No ano passado, organizaram com êxito a primeira edição do Marreco. Além disso, Alan, Vane e Ciro têm percorrido diversas cidades do Brasil a fim de participarem de festivais de música independente. Os três são integrantes da banda Vandaluz.
O Festival Marreco de Cultura Independente tem a intenção de inserir Patos de Minas na agenda dos festivais de música e cultura independente que têm ocorrido por todo o Brasil. A internet acabou fazendo com que músicos procurem maneiras alternativas de divulgarem seu trabalho, na falta de oportunidades nas grandes gravadoras. Aliados à internet, os festivais independentes são oportunidades de as bandas mostrarem suas músicas.
O ponto alto de eventos dessa natureza é que os participantes, na maioria dos casos, apresentam composições próprias. Na primeira edição do Festival, bandas de Belo Horizonte, Uberaba, Sabará e Uberlândia marcaram presença em Patos de Minas.
As inscrições para o Festival podem ser feitas até o dia 18 de julho. Além do Festival, oficinas culturais serão realizadas no período de 14 a 19 de setembro (o local das oficinas ainda não foi definido pela equipe do Peleja Criação Cultural). Mais informações podem ser obtidas neste endereço.
Os responsáveis pelo Festival têm experiência na organização e na participação de eventos similares. No ano passado, organizaram com êxito a primeira edição do Marreco. Além disso, Alan, Vane e Ciro têm percorrido diversas cidades do Brasil a fim de participarem de festivais de música independente. Os três são integrantes da banda Vandaluz.
O Festival Marreco de Cultura Independente tem a intenção de inserir Patos de Minas na agenda dos festivais de música e cultura independente que têm ocorrido por todo o Brasil. A internet acabou fazendo com que músicos procurem maneiras alternativas de divulgarem seu trabalho, na falta de oportunidades nas grandes gravadoras. Aliados à internet, os festivais independentes são oportunidades de as bandas mostrarem suas músicas.
O ponto alto de eventos dessa natureza é que os participantes, na maioria dos casos, apresentam composições próprias. Na primeira edição do Festival, bandas de Belo Horizonte, Uberaba, Sabará e Uberlândia marcaram presença em Patos de Minas.
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quarta-feira, 8 de julho de 2009
LETRA DE MÚSICA (11)
Chegou a hora, chegou o dia.
Marcamos endereço e local.
Vou encontrar meu amor
bem na estrada onde nasce o luar,
bem na hora em que a Lua
despontar no horizonte.
Com meu amor vou passear,
namorar e me casar.
Então, o encontro.
O mesmo aqui,
o mesmo agora.
Meu amor e eu
começamos
nossa estrada.
Lá da serra,
a Lua enorme dá
um banho de amor.
Marcamos endereço e local.
Vou encontrar meu amor
bem na estrada onde nasce o luar,
bem na hora em que a Lua
despontar no horizonte.
Com meu amor vou passear,
namorar e me casar.
Então, o encontro.
O mesmo aqui,
o mesmo agora.
Meu amor e eu
começamos
nossa estrada.
Lá da serra,
a Lua enorme dá
um banho de amor.
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terça-feira, 7 de julho de 2009
HAICAI 24
Calor certeiro.
De repente, chuva; da terra,
bebo o cheiro.
De repente, chuva; da terra,
bebo o cheiro.
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ANABELA
Consegui recentemente uma das canções mais tristes que já escutei – “Anabela”, cantada por Renato Braz. Triste e sensual. A composição é de Mário Gil e Paulo César Pinheiro. É triste, mas como é bela.
Não sei se há algum outro registro da canção (caso alguém aí saiba, gentileza me dizer). Penso que o fato de eu achar a obra extremamente triste se deve não somente à letra, mas também ao arranjo.
Há no Youtube registros informais de Renato Braz cantando “Anabela”, com arranjo ligeiramente diferente do original. Ainda assim, é possível ter uma ideia do que estou falando. Caso se interesse, confira um deles aqui. Já para escutar um trechinho do original, clique aqui.
"Anabela" está no CD “Renato Braz”, lançado em 1996. Abaixo, a letra da canção.
_____
No porto de Vila Velha
Vi Anabela chegar
Olho de chama de vela
Cabelo de velejar
Pele de fruta cabocla
Com a boca de cambucá
Seios de agulha de bússola
Na trilha do meu olhar
Fui ancorando nela
Naquela ponta de mar
No pano do meu veleiro
Veio Anabela deitar
Vento eriçava o meu pelo
Queimava em mim seu olhar
Seu corpo de tempestade
Rodou meu corpo no ar
Com mãos de rodamoinho
Fez o meu barco afundar
Eu que pensei que fazia
Daquele ventre meu cais
Só percebi meu naufrágio
Quando era tarde demais
Vi Anabela partindo
Pra não voltar nunca mais
Não sei se há algum outro registro da canção (caso alguém aí saiba, gentileza me dizer). Penso que o fato de eu achar a obra extremamente triste se deve não somente à letra, mas também ao arranjo.
Há no Youtube registros informais de Renato Braz cantando “Anabela”, com arranjo ligeiramente diferente do original. Ainda assim, é possível ter uma ideia do que estou falando. Caso se interesse, confira um deles aqui. Já para escutar um trechinho do original, clique aqui.
"Anabela" está no CD “Renato Braz”, lançado em 1996. Abaixo, a letra da canção.
_____
No porto de Vila Velha
Vi Anabela chegar
Olho de chama de vela
Cabelo de velejar
Pele de fruta cabocla
Com a boca de cambucá
Seios de agulha de bússola
Na trilha do meu olhar
Fui ancorando nela
Naquela ponta de mar
No pano do meu veleiro
Veio Anabela deitar
Vento eriçava o meu pelo
Queimava em mim seu olhar
Seu corpo de tempestade
Rodou meu corpo no ar
Com mãos de rodamoinho
Fez o meu barco afundar
Eu que pensei que fazia
Daquele ventre meu cais
Só percebi meu naufrágio
Quando era tarde demais
Vi Anabela partindo
Pra não voltar nunca mais
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segunda-feira, 6 de julho de 2009
FOTOPOEMA 115
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domingo, 5 de julho de 2009
FOTOPOEMA 114
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AGRADECIMENTO
Num lapso imperdoável, eu me esqueci de agradecer a meu amigo Pablo Marques, excelente violonista, na postagem anterior. Não bastasse o talentoso músico que é, Pablo é cinéfilo. Além dos filmes que peço a ele que consiga para mim, ele sempre tem outras e proveitosas sugestões. Eu queria há um tempão assistir a “Coisas que você pode dizer só de olhar para ela”. Foi ele quem conseguiu o filme para mim.
sábado, 4 de julho de 2009
"COISAS QUE VOCÊ PODE DIZER SÓ DE OLHAR PARA ELA"
Terminei de assistir há pouco a “Coisas que você pode dizer só de olhar para ela” (Things you can tell just by looking at her), escrito e dirigido por Rodrigo García, que é filho de Gabriel García Márquez. O filme é de 2000.
A obra é dividida em segmentos ou capítulos. À medida que o filme avança, vamos sendo apresentados aos personagens. A narrativa, que começa fatiada, aos poucos vai fazendo sentido, pois gradativamente os protagonistas vão se tornando presentes nas vidas uns dos outros.
O universo feminino é tratado com sensibilidade e inteligência. Mulheres às voltas com a profissão e com a busca do amor, num drama que consegue ser lírico e divertido. Os capítulos fazem com que as conheçamos tanto no trabalho quanto na intimidade de suas casas. Glenn Close, Cameron Diaz, Calista Flockhart, Kathy Baker, Holly Hunter e Amy Brenneman estão no filme.
Rodrigo García parece ter herdado do pai o gosto pelo humor. Há um momento em que a personagem Carol Faber (Cameron Diaz) está lendo um livro em braile – ela é cega. A irmã dela chega e pergunta que livro Carol está lendo. A princípio, ela brinca, dizendo se tratar de “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus”. Mas depois comenta que na verdade está lendo “Cem anos de solidão”.
Há um anão, uma personagem cega, uma outra com câncer. Aos dramas psicológicos, juntam-se as limitações do corpo. Mas tudo tratado de tal modo a evitar que o filme se torne um dramalhão barato.
No primeiro segmento, Glenn Close é a doutora Keener, que cuida da mãe inválida. No segundo, Rebecca (Holly Hunter) é uma gerente de banco que lida com uma gravidez indesejada e com uma pedinte de rua que parece saber mais sobre Rebecca do que ela própria. No terceiro, Rose (interpretada por Kathy Baker) se debate sobre tentar começar ou não um romance com um anão (Danny Woodburn) que se muda para a casa em frente à dela. No quarto segmento, Calista Flockhart é Christine, lésbica que lê cartas de tarô e convive com a tristeza de ver sua amante (interpretada por Valeria Golino) definhar por causa do câncer. Por fim, no quinto segmento, Amy Brenneman é a detetive Kathy Faber, que passa a analisar a própria solidão depois que sua irmã cega começa a namorar.
A obra é dividida em segmentos ou capítulos. À medida que o filme avança, vamos sendo apresentados aos personagens. A narrativa, que começa fatiada, aos poucos vai fazendo sentido, pois gradativamente os protagonistas vão se tornando presentes nas vidas uns dos outros.
O universo feminino é tratado com sensibilidade e inteligência. Mulheres às voltas com a profissão e com a busca do amor, num drama que consegue ser lírico e divertido. Os capítulos fazem com que as conheçamos tanto no trabalho quanto na intimidade de suas casas. Glenn Close, Cameron Diaz, Calista Flockhart, Kathy Baker, Holly Hunter e Amy Brenneman estão no filme.
Rodrigo García parece ter herdado do pai o gosto pelo humor. Há um momento em que a personagem Carol Faber (Cameron Diaz) está lendo um livro em braile – ela é cega. A irmã dela chega e pergunta que livro Carol está lendo. A princípio, ela brinca, dizendo se tratar de “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus”. Mas depois comenta que na verdade está lendo “Cem anos de solidão”.
Há um anão, uma personagem cega, uma outra com câncer. Aos dramas psicológicos, juntam-se as limitações do corpo. Mas tudo tratado de tal modo a evitar que o filme se torne um dramalhão barato.
No primeiro segmento, Glenn Close é a doutora Keener, que cuida da mãe inválida. No segundo, Rebecca (Holly Hunter) é uma gerente de banco que lida com uma gravidez indesejada e com uma pedinte de rua que parece saber mais sobre Rebecca do que ela própria. No terceiro, Rose (interpretada por Kathy Baker) se debate sobre tentar começar ou não um romance com um anão (Danny Woodburn) que se muda para a casa em frente à dela. No quarto segmento, Calista Flockhart é Christine, lésbica que lê cartas de tarô e convive com a tristeza de ver sua amante (interpretada por Valeria Golino) definhar por causa do câncer. Por fim, no quinto segmento, Amy Brenneman é a detetive Kathy Faber, que passa a analisar a própria solidão depois que sua irmã cega começa a namorar.
FOTOS EM WWW.LIVIOSOARES.COM
Pessoas, há novas fotos em meu site. Para os que têm o hábito de frequentar este blogue, não haverá novidades. Se esse não é seu caso, confira as atualizações aqui. Aproveite e se sinta totalmente à vontade para conferir, além das fotos, os áudios, as crônicas e os fotopoemas - estes também serão atualizados em breve.
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APONTAMENTO 64
A madrugada sempre me traz coisas belas. O que não me impede de sentir as belezas do dia.
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APONTAMENTO 63
Na falta da força, uma fraqueza criativa.
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APONTAMENTO 62
Tudo o que faço um dia fará sentido. Se não para mim, para você.
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APONTAMENTO 61
Somos feitos de um anjo triste e de um demônio alegre. Talvez por isso, pelejamos em busca do deus da felicidade.
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LETRA DE MÚSICA (10)
Eu me cerco de
coisas belas
na tentativa
de belo ficar.
Acerquei-me
de ti,
de livros,
do Cerrado.
Se belo eu ficar,
terá sido graças
às coisas que
me cercaram.
Agradeço
a ti,
aos livros,
ao Cerrado.
Uma canção me dança,
o amor é feito,
a madrugada invade,
a beleza amanhece.
coisas belas
na tentativa
de belo ficar.
Acerquei-me
de ti,
de livros,
do Cerrado.
Se belo eu ficar,
terá sido graças
às coisas que
me cercaram.
Agradeço
a ti,
aos livros,
ao Cerrado.
Uma canção me dança,
o amor é feito,
a madrugada invade,
a beleza amanhece.
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sexta-feira, 3 de julho de 2009
FOTOPOEMA 113 / HAICAI 23
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quarta-feira, 1 de julho de 2009
A SALVADOR DALI
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APONTAMENTO 60
A sutileza é poderosa.
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