domingo, 21 de setembro de 2008

NA BANCA DE REVISTAS

Hoje, por volta de 13h15, tive experiência proustiana: desde criança, freqüento bancas de revistas. Tenho em casa o acervo que acabei juntando ao longo dos anos. Mais cedo, ao entrar em uma banca a que nunca tinha ido, senti o cheiro dos papéis, mistura de diferentes publicações produzindo uma gostosa sensação. Assim que entrei, o cheiro veio forte. Um cheiro onipresente, gostoso, encorpado o bastante para me conduzir a um passado saudoso. Talvez, o que tornava tão espesso o cheiro fosse o fato de que o recinto era pequeno e havia centenas e centenas de revistas.

No fundo, sou o mesmo. O garoto que aguardava ansiosamente a chegada das revistas está no adulto que aguarda ansioso a vinda das publicações e que entrou mais cedo numa banca. O que mudou, é que o adulto (nem sempre) lida melhor com os pensamentos, impulsos e sentimentos infantis. Em essência, não mudei. O regozijo na banca, quem o sentiu foi o garoto.

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