Uma pequena porcentagem dos que elegeram o atual chefe do executivo federal não depende do SUS. Para esses, quando a saúde pública for desmantelada, a vida deles seguirá na mesma toada, pois têm condição de arcar com os custos de hospitais particulares. Todavia, vivemos num país em que 60% dos trabalhadores brasileiros têm renda média inferior a um salário mínimo. Na prática, isso significa que a maioria da população depende dos serviços públicos de saúde.
Não me canso de reiterar: o decreto relativo às Unidades Básicas de Saúde, assinado pelo presidente e pelo ministro da economia, não surpreende, pois sempre deixaram claro que o modo deles de fazer política é não se preocupar com os que não têm condições de bancar serviços particulares, sejam quais forem. Válido mencionar também que muitos dos que não conseguem pagar uma consulta particular aplaudem qualquer iniciativa do governo federal, pois há quem se sinta no dever de agradecer ao chicote que deixa marcas na pele.
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