A sede não tem fim.
No país dos alimentos envenenados,
querem privatizar a água.
Os que já morrem famintos
morrerão de sede.
Os que já morrem sedentos
Morrerão de sede.
A carne é cara,
o combustível é caro,
a água será cara.
Na líquida meritocracia,
ricas taças em mãos
que empunham látegos
invisíveis e eficazes.
Na sólida sarjeta,
a sede de um homem
ergue, com fome,
os lábios para o céu,
bebendo da água
que cai para todos.
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