Tenho medo do mundo,
do meu país,
da minha cidade.
Tenho medo de ti.
Tenho recebido o mundo
em telas que reluzem
e em páginas que elucidam.
Eu me fechei,
fechei as portas da casa,
acionei todos os cadeados.
Lá fora,
armas calibradas
e encontros desequilibrados,
sem filosofia, sem sociologia,
sem palavras.
Estão ocos e furiosos.
Nem suspeitam de que
não sou o único
que não desistiu.
Nem desconfiam
da existência dos
que acreditam no belo.
Não sabem que são
transitórios como um tiro
e que somos teimosos
como um verso.
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