Sou antiGlobo. Isso é coisa antiga, vem desde a juventude. A emissora da família Marinho e as ramificações do império que edificaram são contra o Brasil. Muitos se deixam levar por questões técnicas e por um populismo interesseiro, alegando que haveria boas intenções na Globo e nos afluentes dela. A emissora vende bem a ideia de que se importa com o Brasil. O flerte com a ditadura e o silêncio quando do famoso comício a favor das eleições diretas em São Paulo são apenas duas provas patentes que os interesses da família Marinho não são os interesses do Brasil. Ditadores e golpistas ditam a pauta do que a família Marinho divulga. Não sou vassalo deles nem teleguiado pelo que transmitem.
Hoje, no Rio de Janeiro, representantes do exército dariam uma coletiva sobre a invasão (sim: invasão) realizada pelo exército na cidade. A rigor, não houve coletiva. As perguntas tiveram de ser escritas e foram previamente analisadas pelo exército (o que não havia sido divulgado anteriormente), que respondeu basicamente às perguntas da... Globo. Claro que isso não surpreende. Só uma emissora que cala os interesses do povo poderia ser contemplada numa pseudocoletiva dada pelo exército.
Naturalmente, o jornalismo do exterior sabe das intenções escusas da emissora. Tanto é assim que Dom Phillips, que é inglês e esteve hoje na “coletiva” do exército, publicou no Twitter que a Globo havia sido favorecida no evento. Obviamente, esse favorecimento ocorre por a emissora não fazer as perguntas que realmente interessam à população. A Globo e o exército se entendem, realizam conversa de compadres.
Fossem as coisas transparentes, que mal haveria em responder a perguntas que fossem honestas ou contrárias à decisão do exército? Por que a necessidade de ler as perguntas anteriormente? Não bastasse, integrante do exército, durante a coletiva, declarou que o Rio de Janeiro “é um laboratório para o Brasil”. Antigamente, os golpes vinham da noite para o dia; hoje, vêm em doses homeopáticas.
Há um ditado o qual diz que grandes mentes pensam semelhantemente. Não nos esqueçamos, todavia, que mentes pequenas não pensam muito diferentemente umas das outras. Globo e exército estão em sintonia; não os considero grandes mentes. O poder que têm não me seduz. Enquanto isso, fazem do Brasil o laboratório deles. O brasileiro não merece isso.
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