Eu te amo
em cada segundo
dos meus segundos.
Mas segundos
são convenções;
eu poderia dizer
que te amo,
por exemplo,
em cada minuto
dos meus minutos.
Não há instante em que
eu não esteja te amando.
Se digo que te amo
em cada minuto,
não estou fatiando
o amor que sinto.
Em convenção
de tempo,
esse amor habita
cada segundo meu;
em convenção
de espaço,
mora em cada
centímetro que tenho.
Mas não há convenção
que resista à tua chegada.
O tempo deixa
de ser o do relógio.
O espaço deixa
de ser o da régua.
Quando tu chegas,
há nossos corpos,
atemporais
e
imensuráveis.
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