Viverão o
Cântico dos cânticos,
comporão hinos.
Vão tomar sorvete,
idealizar jantares.
Vão dar presentes
um para o outro.
Inventarão surpresas,
códigos que só os dois
sabem reconhecer.
Herdaram um arcabouço
de tradições e de
inevitáveis clichês.
Não sendo poetas,
viverão poesia.
Inéditos um
para o outro,
revivem séculos
de um amor
que não se cansa,
mesmo sendo
os dois cansáveis.
Não sabem ainda
com clareza que
entre eles há um
amor que começa.
Haverá susto e medo
quando souberem.
Aí já será tarde.
Do amor, já serão
cativos, devotos
e fazedores.
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