A edição que tenho do “Ética”, do Spinoza, foi publicada pela Autêntica. A orelha do livro contém um texto impagável, que é parte da exclusão do filósofo do judaísmo. Um trecho: “Nós (...) expulsamos, amaldiçoamos e esconjuramos Baruch de Spinoza (...). Maldito seja de dia e maldito seja de noite, maldito seja em seu deitar, maldito seja em seu levantar, maldito seja em seu sair, e maldito ele em seu entrar”. O texto foi proferido contra Spinoza em vinte e sete de julho de 1656, quando ele tinha vinte e três anos.
Lembrei-me dessa história pelo seguinte: o cartaz de divulgação do filme “Aquarius” tem uma frase do Reinaldo Azevedo: “O dever das pessoas de bem é boicotar “‘Aquarius’”. Segundo o que li, Azevedo, dando provas de total ausência de humor, não teria gostado da ironia do cartaz. E já que ele diz que pessoas de bem devem boicotar “Aquarius”, assistirei ao filme assim que possível.
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