Há um bem e uma calma advindos da convivência com a natureza. Aves cortam o silêncio de tempos em tempos, um teiú atravessa empoeirada estrada do cerrado, cobras se esgueiram mato afora, um gavião estraçalha a presa; mais tarde, uma revoada de garças aterrissa perto de uma lagoa. Uma vez deixada a civilização, a princípio, repara-se no ambiente. Depois, com o hábito, tem-se uma atenção diferente daquela inicial. Quando isso ocorre, já se está num estágio em que não há a mais a separação ou a distinção entre nós e natureza “lá fora”. Há uma serenidade que é consequência de quando nos apercebemos de que somos, antes de tudo, mais um bicho da natureza.
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