A literatura não rejeita nem a transcendência nem a vileza. A literatura comporta o que o ser humano é; nada do que somos deve ser estranho para ela. Servem para o texto literário o momento de ascese ou o desejo de pacto com o demônio, uma cena terna entre amantes ou a maldade absoluta levada a cabo numa viela de uma cidadezinha. A literatura é o que o homem é; é tudo aquilo que ele é capaz de realizar, seja nobre, seja torpe; seja ridículo, seja sagaz; seja engraçado, seja monótono.
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