domingo, 1 de novembro de 2015

O NÃO VIAJANTE

Sempre me espantou o quanto o homem é um animal que viaja. Admiro esse espírito. Muito antes de haver os meios de transporte de hoje, o ser humano já percorria milhares de quilômetros, valendo-se das próprias pernas, das pernas dos outros animais e de embarcações. Esse ânimo para percorrer longas distâncias sempre me impressionou. Vivo me perguntando como as pessoas acham disposição para ir tão longe. Eu, quando tenho de ir, por exemplo, a Lagoa Formosa (que deve ficar a uns vinte quilômetros de Patos de Minas), já acho melhor ficar por aqui mesmo. Independentemente do meio de transporte, minha preguiça de sair de onde estou é maior do que qualquer anseio de ir a algum lugar. Não bastasse isso, fazer e desfazer malas é muito maçante. Melhor ficar quieto. 

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