Simplesmente não sei do que falam algumas letras do Zé Ramalho. “Beira--mar”, por exemplo, é sobre o quê? Não sei. Mas nem a poesia nem a música precisam ser entendidas pela lógica. Não dou a mínima se não entendo a letra de “Beira-mar”; quero mais, agora, é esgoelar “há peixes milagrosos, insetos nocivos / Paisagens abertas, desertos medonhos / Léguas cansativas, caminhos tristonhos / Que fazem o homem se desenganar”.
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