Nos EUA, um garoto de quatro anos escreveu uma carta para uma garota da escola; ela tem a mesma idade dele. O texto é uma pérola literária. Segundo a mãe de Bennet, o autor da missiva, ele teve a ideia quando diante da mãe, que estava enviando um e-mail. Perguntado pela mãe sobre para quem ele gostaria de enviar uma carta, Bennet disse: “Para Baily, é claro”. Diz a carta:
“Baily,
“Você poderia por favor vir à minha casa? Vamos brincar juntos. Eu acho que você é bonita como um cavalo ou como uma joaninha. Não tenho certeza de qual. Você poderia vir à minha casa e comer malvas comigo. Eu amo você e perdi um dente na noite passada. Acho que eu gostaria de fazer um truque de mágica para você e depois deixaria você me ver batalhar contra robôs.
Com amor,
Bennet”.
O garoto tem câncer. Segundo a mãe, Bennet foi diagnosticado com a doença aos seis meses. Ainda de acordo com ela, ele fará em breve uma das últimas sessões de quimioterapia. A festa de cinco anos de Bennet será temática — cavaleiros e princesas. Segundo a mãe, ele já sabe que Baily irá vestida como princesa...
2 comentários:
Lívio, a carta de Bennet é mesmo linda; uma doçura.
Ela imediatamente me trouxe a lembrança daquele poema famoso (e fofo!), "Namorados", do Manuel Bandeira - tanto pelo mesmo espírito menino, quanto pela semelhança de temáticas.
Transcrevo o Bandeira:
Namorados
O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
- Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com
[a sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
- Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê
[uma lagarta listada?
A moça se lembrava:
- A gente fica olhando...
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prossegui com muita doçura:
- Antônia, você parece uma lagarta listada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
- Antônia, você é engraçada! Você parece louca.
In: "Libertinagem"
Viva os textos doces e ternos!
Linda postagem!
Grande abraço.
Sim, Bruna, a carta é de uma doçura formidável.
Muito obrigado por compartilhar o texto do Bandeira, que, embora adulto, criou um texto em sintonia com uma inocência que no mais das vezes é típica da infância.
Sim, viva os textos doces e ternos.
Grande abraço, Bruna.
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