segunda-feira, 24 de novembro de 2014

GAROTO DE 4 ANOS FAZ SUCESSO COM CARTA ESCRITA PARA COLEGA DE ESCOLA

Nos EUA, um garoto de quatro anos escreveu uma carta para uma garota da escola; ela tem a mesma idade dele. O texto é uma pérola literária. Segundo a mãe de Bennet, o autor da missiva, ele teve a ideia quando diante da mãe, que estava enviando um e-mail. Perguntado pela mãe sobre para quem ele gostaria de enviar uma carta, Bennet disse: “Para Baily, é claro”. Diz a carta:

“Baily,

“Você poderia por favor vir à minha casa? Vamos brincar juntos. Eu acho que você é bonita como um cavalo ou como uma joaninha. Não tenho certeza de qual. Você poderia vir à minha casa e comer malvas comigo. Eu amo você e perdi um dente na noite passada. Acho que eu gostaria de fazer um truque de mágica para você e depois deixaria você me ver batalhar contra robôs.

Com amor,
Bennet”.

O garoto tem câncer. Segundo a mãe, Bennet foi diagnosticado com a doença aos seis meses. Ainda de acordo com ela, ele fará em breve uma das últimas sessões de quimioterapia. A festa de cinco anos de Bennet será temática — cavaleiros e princesas. Segundo a mãe, ele já sabe que Baily irá vestida como princesa... 

2 comentários:

Bruna Caixeta disse...

Lívio, a carta de Bennet é mesmo linda; uma doçura.

Ela imediatamente me trouxe a lembrança daquele poema famoso (e fofo!), "Namorados", do Manuel Bandeira - tanto pelo mesmo espírito menino, quanto pela semelhança de temáticas.

Transcrevo o Bandeira:

Namorados

O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
- Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com
[a sua cara.

A moça olhou de lado e esperou.

- Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê
[uma lagarta listada?

A moça se lembrava:
- A gente fica olhando...

A meninice brincou de novo nos olhos dela.

O rapaz prossegui com muita doçura:

- Antônia, você parece uma lagarta listada.

A moça arregalou os olhos, fez exclamações.

O rapaz concluiu:

- Antônia, você é engraçada! Você parece louca.

In: "Libertinagem"

Viva os textos doces e ternos!
Linda postagem!
Grande abraço.

Lívio Soares de Medeiros disse...

Sim, Bruna, a carta é de uma doçura formidável.

Muito obrigado por compartilhar o texto do Bandeira, que, embora adulto, criou um texto em sintonia com uma inocência que no mais das vezes é típica da infância.

Sim, viva os textos doces e ternos.

Grande abraço, Bruna.