Há partidas de que muito se espera. Essa expectativa pode ser frustrada. Há outra expectativa, nos grandes jogos, que é a de que o time da casa agrida o visitante nos primeiros quinze minutos. Hoje, no Mineirão, a expectativa de um bom jogo se concretizou. A expectativa de que o Cruzeiro fosse mais combativo no primeiro terço do primeiro tempo também se fez.
O primeiro gol do jogo foi aos dezenove minutos; Marcelo Moreno foi o autor. Aos trinta e três, após espetacular cruzamento de Éverton Ribeiro, Marquinhos, substituindo Ricardo Goulart, escorou: dois a zero para o Cruzeiro. O Internacional, embora tenha tido uma chance aos vinte e um, não dava sinais de que ameaçaria a equipe mineira. A Raposa foi soberana no primeiro tempo.
Quando o jogo é moroso, ele parece durar um mês; a partida no Mineirão pareceu durar um minuto. Chegado o segundo tempo, aos quatro minutos, em cobrança de falta, o Internacional quase marcou: a bola ficou passeando rente à linha do gol. Um minuto depois, Juan faz pênalti em Marcelo Moreno. Aos sete minutos, William cobrou; a bola caiu aqui na varanda da minha casa, em Patos de Minas.
Com a segunda etapa começando avassaladora, era natural haver o otimismo de que o segundo tempo também seria bom. Aos dez minutos, acrescentando um belo ingrediente à partida, Alex marcou um golaço, chutando de fora da área. Não haveria como Fábio defender, ainda que ele medisse uns quinze metros.
Levando-se em conta que o Internacional voltou jogando melhor do que o que jogara no primeiro tempo, a partida estava melhor do que já havia sido na primeira metade. Mesmo tempo levado o gol, o Cruzeiro, pelo menos aparentemente, manteve-se calmo. Chegou até a deixar a impressão de que poderia ter marcado mais uma vez. Tendo vencido por dois a um, a distância entre Cruzeiro e Internacional passa a ser de nove pontos.
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