terça-feira, 19 de agosto de 2014

APONTAMENTO 215

Pessoas sensatas e inteligentes não raro deletam a sensatez e a inteligência quando escrevem ou falam sobre política, não importa qual candidato ou qual ideologia estejam defendendo. Isso é ruim, não somente por nada acrescentar a um debate, mas também por depor contra quem profere o destempero.

Escrever coisas como “o candidato Fulano deveria estar no inferno” ou “a candidata Beltrana é mais falsa do que nota de três reais” é infantil e contraproducente. A pessoa fica parecendo aquelas crianças que, ao brigar na escola, lascam um “aposto que sua mãe tem piolho” ou um “seu pai é careca, e o meu não é”.

Embora o descontrole quando a política vem à baila não seja novo, as redes sociais desnudam em profusão esses contrassensos e essas ignorâncias. Todos nós temos impulsos animalescos e imbecis. Parece não haver como impedi-los de virem à tona; o problema é não saber lidar com eles quando vêm. Não é num debate sobre política que deveríamos dar vazão a eles. 

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