segunda-feira, 14 de julho de 2014

VAI QUE É SUA, GALVÃO!

A Copa terminou, mas um último comentário ligado também ao torneio: num tempo em que não havia TV por assinatura, ou quando tê-las era caro demais (felizmente, a assinatura delas não é mais privilégio de ricos), muitas vezes eu não tinha outra alternativa a não ser escutar o Galvão Bueno.

Ainda assim, não raro, eu tirava o volume da TV e escutava a transmissão por alguma rádio. Para não escutar o Galvão, tudo valia a pena. Às vezes, mesmo sem rádio, eu tirava o som da TV.

Com a popularização das TVs por assinatura, passei a escolher transmissões em que não havia Galvão Bueno. Há anos não acompanho uma transmissão dele; contudo, lamento ter de acompanhar o campeonato brasileiro pelo Sportv, que é da Globo.

Nos tempos em que eu assistia ao futebol pela Globo, pude escutar Galvão dizendo que a Alemanha jogava algo parecido com futebol, algo que lembrava futebol. Não estou certo, mas creio que com isso ele queria dizer que o futebol alemão tinha força, mas não tinha graciosidade, improviso. Em suma: um jogo “engessado”.

Nada como um dia após o outro; nada como um ano após o outro; nada como uma década após a outra. Klose bateu, diante de Galvão e de Ronaldo, o recorde de gols feitos por um jogador em copas do mundo. Nesse mesmo dia, a Alemanha fez sete gols no Brasil. Fosse Galvão espirituoso ou caso se permitisse um quê de rebeldia fora do padrão da Globo, ele poderia ter dito que hoje em dia o Brasil joga algo parecido com futebol. 

3 comentários:

Pablo Marques disse...

Ouvir o Galvão é o mesmo que ver filme dublado. Perde-se toda a essência.

Lívio Soares de Medeiros disse...

Rs. Grato pelo comentário, Pablo.

Lívio Soares de Medeiros disse...
Este comentário foi removido pelo autor.