A revista Piauí deste mês de junho traz um texto de Roger Angell, jornalista americano e editor da revista The New Yorker. O título é “Eu, um velho”; a tradução é de Claudio Marcondes. Angell tem noventa e três anos.
O relato tem uma feliz mistura de ternura e inteligência. Mostra que o cotidiano de cada um, com seus gestos e ações “simples”, é especial. Especiais somos nós, são todos aqueles com quem convivemos.
Não há brecha para a pieguice, o que não significa haver secura, anulação da poesia ou da beleza. Angell não quer ensinar nada, não quer transmitir solução, não anuncia uma verdade. Com lucidez e leveza, deixa-nos com vontade de ser amigo dele e de ter noventa e três anos.
4 comentários:
Ele também nos guia pelo mundo da velhice. Dolorido, às vezes, sutilmente incômodo, como a eterna dor nas costas, a difícil arte de subir e descer dos ônibus, a invisibilidade, sempre ela, é de lascar. Porque machuca.
Olá.
Grato por seu reflexivo e poético comentário.
A despeito das agruras da velhice, o texto do Roger Angell foi uma espécie de alento para mim.
Comentando sobre o mesmo assunto, e chegando ao assunto via Google: http://novasvoltasemtornodoumbigo.blogspot.com.br/2014/08/leituras-na-piaui-junho-de-2014-eu-um.html
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Olá, Zé Alfredo, legal demais você também ter escrito sobre o texto do Roger Angell, e que bom que chegou a meu texto via Google.
Abraço.
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