quinta-feira, 27 de março de 2014

VINTE E SETE DE MARÇO


Se vivo estivesse, o senhor Renato Manfredini Júnior, o Renato Russo, completaria hoje cinquenta e quatro anos. É por isso que posto uma canção do Legião Urbana. Era uma das preferidas do Renato, conforme o que ele dizia nos shows.

No dia vinte e nove de agosto de 1992 conferi um show da banda em Uberlândia, no UTC. Tendo chegado cedo à cidade, fui para um dos hotéis em que os legionários poderiam estar. Chegando lá, fiquei sabendo que estariam em outro hotel, que fica perto. Fui para lá e fiquei aguardando. Quando a banda chegou, tive a oportunidade de pegar o autógrafo do Renato Russo.

Ele era baixo, muito magro. Foi muito atencioso conosco, os que ficamos o aguardando na porta do hotel. Perguntei para ele se ele se lembrava de ter tocado em Patos de Minas. Ele me olhou com cara de espanto e me perguntou se eu estava no show; eu disse que não estava, e completei dizendo que eu tinha onze anos na época. Ele então brincou: “Poxa, estou ficando velho”. Infelizmente, não ficou. 

2 comentários:

Anônimo disse...

Que bom ver a transcrição desse acontecimento em uma bela crônica, Renato Russo fez por merecer.
Grande abraço,
Ismael.

Lívio Soares de Medeiros disse...

Ele foi uma grande figura, Ismael. Curiosamente, quando da morte dele, o meio de comunicação que o definiu de um modo muito bacana foi a inominável e asquerosa Veja. A manchete de capa, estampada com um foto do Renato Russo, dizia: "Morre um rebelde". Penso ser isso que o senhor Manfredini foi.

Grande abraço.