segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

EM COMUM

Alguém caminha por uma rua qualquer. Está vestindo a camisa do time pelo qual torce. Ao dobrar a esquina, depara-se com um estranho que está vestindo a camisa do mesmo time. Ainda que não digam nada, haverá cumplicidade nos olhares; talvez haja discretos sorrisos.

Essa cumplicidade, ainda que não manifestada com veemência, sugere algo do tipo: “Ei, que legal, a gente torce pelo mesmo time”. Só que um desses torcedores, minutos depois, depara-se com alguém que está vestindo a camisa do time rival. Ainda que não eloquente, paira uma animosidade.

As pessoas não sabem ampliar o que têm em comum. O torcedor que veste a camisa de seu time e se depara com alguém vestido com a camisa do rival não tem o senso de pensar “ei, que legal, a gente tem algo em comum, a gente gosta de futebol”. O que era para uni-los acaba os separando.

É claro que isso não vale somente para o futebol. As pessoas se separam por motivos ingênuos e estúpidos. A rigor, não fossem tão obtusas, no encontro entre dois estranhos deveria pairar a ideia “ei, eu sou gente, você é gente; vamos trocar uma ideia?”. Whitman faz falta. 

sábado, 28 de dezembro de 2013

RELÓGIO 2

"MENOS É MAIS"


Em fotografia se diz que “menos é mais”. Isso serve também para a literatura; a densidade não está em se tentar abarcar tudo, mas, sim, em saber esmiuçar uma questão e seus desdobramentos. Em fotografia, o “menos é mais” geralmente se refere à quantidade de equipamento que pode ser levada numa aventura fotográfica.

Um bom exercício fotográfico é um passeio em que se leva apenas uma lente e uma câmera. Pode ser que um determinado assunto fotográfico seria melhor capturado com outra lente que não a que tivermos na câmera. Mas a intenção é mesmo tentar fazer o melhor com o que se tem em mãos. Se um assunto não rende imagem com o equipamento que temos, procura-se outra coisa para fotografar. Trata-se de um exercício de criatividade.

Entretanto, o “menos é mais” é “lei” que também é útil quando se considera o assunto principal na imagem fotográfica. Assim como na literatura, na fotografia, afunilar é mais eficaz do que querer englobar demais. Se há coisas em profusão na imagem fotográfica, o olhar do espectador pode se perder. Cabe ao fotógrafo guiar quem contempla a imagem, evidenciando o assunto principal. 

É claro que esse macete não deve ser camisa de força a tolher o trabalho. Ademais, é preciso considerar o que se fotografa: qualquer rua de qualquer cidade é visualmente poluída. O “menos é mais” é exercício que apura o olhar, incrementa a técnica fotográfica, faz com que o autor da imagem tenha de procurar outra abordagem ao fotografar. A foto desta postagem tem a intenção de ilustrar isso que digo.
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F/8.0
1/2500
ISO 250
“Flash” utilizado
Registro feito hoje às 17h32 

RELÓGIO 1

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

TRÊS ACORDES

Sol
A música é a prova de que 
às vezes vale a pena 
quebrar o silêncio.

Se for para 
não haver silêncio, 
que haja música.

Preenche teus dias 
com música e 
com silêncio. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

POR INTEIRO

Sem meias palavras, 
sem abreviações, 
sem códigos que 
só os dois sabem ler.
Palavras são
desmembradas,
ficam pela metade,
são sugeridas.
Só o amor, 
robusto e 
esperançoso, 
é indivisível.

Amor não precisa 
sair da porta para fora, 
não precisa ser 
publicado em outdoor.
Amor não precisa de
rede social nem 
de rede nacional.

Ainda assim, 
a palavra amorosa 
quer chegar inteira 
ao coração do outro. 

domingo, 22 de dezembro de 2013

COMO SEMPRE, "AS RELAÇÕES PERIGOSAS"


Que a vida me dê a chance de reler e reler “As relações perigosas”, de Choderlos de Laclos. É fascinante como o livro consegue ser, ao mesmo tempo, um tratado do amor e do desamor. Como numa moeda, ao esmiuçar o amor de um lado, deixa-nos deduzir o desamor do outro; ao detalhar o desamor de um lado, deixa-nos concluir o amor do outro. Amor e desamor em homens, mulheres e jovens.

“As relações perigosas” é um monumento à linguagem, à fina observação do amor e dos estratagemas que podem ser usados por homens e mulheres ao lidar com ele. Um monumento triste, denso, intenso, lancinante. Um monumento que reflete o quanto de amor e de desamor somos capazes de engendrar.

Eu já havia lido uma edição que tem a tradução de Carlos Drummond de Andrade, numa parceria Ediouro/Folha de S.Paulo. A edição que estou lendo agora é uma outra parceria, desse vez entre a Penguin/Companhia das Letras. A tradução é de Dorothée de Bruchard. O tom de Bruchard é menos solene do que o de Drummond: se ela, por exemplo, prefere o “você”, Drummond opta pelo “vós”. 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

FIFTY GIRLS

Lembro-me como se tivesse ocorrido instantes atrás: a pé, estávamos passando sobre a ponte do Rio Paranaíba, aqui em Patos de Minas. Eu devia ter uns oito, nove anos. Foi quando o Edinho, colega de infância, disse que sabia falar “garota” em inglês — e falou!

Fiquei impressionado. Na época, não verbalizei o impacto que tive por causa da situação. Fosse para verbalizar, eu diria algo assim: “Cara, ele tem a minha idade e saber falar ‘menina’ em inglês! Que incrível!”.

Mais tarde, na pré-adolescência, o Edvaldo, que era meu vizinho, disse, casualmente, enquanto brincávamos com uma bola de basquete, que sabia contar até cinquenta em inglês. Novamente, fiquei admirado. Fosse para verbalizar, sairia algo assim: “Ei, como pode alguém saber contar até cinquenta em inglês?!”.

Sempre tive a propensão a encarar as realizações mentais alheias como façanhas. É assim ainda hoje. Em virtude disso, sempre tive o maior fascínio pelos meus professores. Eu ficava abobalhado diante da inteligência deles; minha vontade era a de ser tão brilhante quanto eles.

A leitura dos clássicos, iniciada na adolescência, colaborava para o aumento da minha admiração pelos feitos da inteligência; chamo isso de senso de espanto. Ainda que muita coisa tenha sido deixada para trás, tal senso continua em mim. Um pouco menos ingênuo, mas ainda intenso. 

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

ATLÉTICO/MG x RAJA CASABLANCA

Li à exaustão que o Bayern era favorito no jogo de ontem. O rival do time alemão era uma equipe chinesa: Guangzhou. A superioridade do Bayern realmente se fez presente em campo.

Também à exaustão li que o Atlético/MG era favorito diante do Raja Casablanca. Entretanto, na prática, o que se viu foram duas equipes parelhas. Não houve, em campo, a tão propalada superioridade atleticana.

Levando-se em conta estritamente a partida disputada há pouco, não vejo como vexame a derrota do Atlético. Nem penso que o Atlético tenha entrado de salto alto. Depois de sofrer o primeiro gol, o time concedeu diversas oportunidades para que o Raja Casablanca marcasse em contra-ataques. 

A defesa do Atlético vacilou. Num desses vacilos, o juiz marcou pênalti (em minha opinião, não houve) de Réver a favor da equipe marroquina; cobrança convertida. Num último contra-ataque, Vivien Mabide fez o terceiro gol de seu time.

O próprio Mabide dissera: “Eu já enfrentei Messi. Se já enfrentei Messi, como vou temer Ronaldinho? Ele não é mais aquele Ronaldinho que jogava no Barcelona. É só nome”. 

“O que há num nome?”. Nada. Foi Ronaldinho quem marcou o gol do Atlético. Não pelo nome que tem, mas por saber cobrar falta muito bem. Num bom jogo, a equipe mineira encerra a temporada em 2013, deixando para uma próxima o sonho do título mundial. 

sábado, 14 de dezembro de 2013

SINTONIA FINA — EDIÇÃO 23


Que tal um programa para a tarde de sábado?...

No ar, mais um edição do Sintonia Fina, programa musical.
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Jessé – Solidão de amigos
Lorde – 400 lux
Raimundos – I saw you saying that you say that you saw
Rod Stewart and Jeff Beck – People, get ready
Raul Seixas – O trem das 7
Glass Tiger – Diamond Sun
Titãs – Eu não aguento
Playing for Change – Gimme shelter 

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

NÃO SE VÁÁÁÁ

Fui a uma papelaria agora há pouco. Havia um rádio ligado no ambiente. A estação de AM estava executando “Não se vá”, com Jane e Herondy. A canção fez tanto sucesso, mas tanto sucesso, que a impressão com que fiquei na época era a de que “Não se vá” nunca deixaria de fazer sucesso (somente hoje descobri que "Não se vá" é versão de "Tu T'En Vas", canção francesa). Só voltei a ter essa sensação, que até acho meio engraçada, quando o Michael Jackson lançou “Thriller”. 

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

FOTOPOEMA 340

AZUL

Um sol do tamanho 
do céu se abre. 
Um céu do tamanho 
do sol me agiganta. 

FALTA DE GRAÇA 2

Lembro-me de uma entrevista em que o Chico Anysio disse não haver diferentes tipos de humor; alegou ele haver apenas o humor. Isso nunca me saiu da cabeça; de tempos em tempos, a declaração dele voltava à minha lembrança. No fundo, quando vi o genial Chyco dar a declaração, eu me perguntei: “Será que não haverá mesmo diferentes tipos de humor?”.

Entendo que em essência o fio condutor é o mesmo: o humor quer levar ao sorriso ou ao riso. Se encarado assim, o humor é mesmo um só. Mesmo assim, não me parece desarrazoado falar em vertentes do humor, por assim dizer. A graça pode estar em gestos, em paródias, em palavras, em imagens, em desenhos, em pinturas...

À parte o gênero de que o humor esteja se valendo, acredito que há diferentes nuances dele. Para muita gente, a graça pode estar na desventura do outro. Sinto muito, mas não consigo enxergar graça em quem se vale do recurso para tentar produzir algo divertido. Pode-se muito bem ser engraçado sem que para isso um cego tenha de ser achincalhado pela cegueira que tem.

Tentei, tentei mesmo achar graça em gente como Rafinha Bastos e Danilo Gentili. Cheguei a supor que pudesse estar havendo em mim um defeito a impedir que eu encarasse as coisas de um modo mais leve e menos turrão. Mas, ao mesmo tempo, eu percebia que eu continuava rindo de mim, das bobagens das pessoas de meu convívio e das bobagens de humoristas. Era um alento perceber que eu não havia perdido a capacidade de achar graça.

Para mim, o que Rafinha Bastos e Danilo Gentili fazem quando tentam ser engraçados não é humor. Além do mais, quando não estão fazendo humor, deixam claro o tipo de gente que são. Gentili, “debatendo” com uma internauta no Twitter, escreveu: “Chupadora de rol* de genocida e corrupto detected. Quem quiser deixa-la [sic] molhadinha basta assassinar alguem” [sic]. 

A resposta de Gentili se deveu a um comentário da internauta: “O Jô Soares é de direita, mas é respeitado, pois tem conhecimento (leitura). Agora, esse Danilo Gentili cita a Forbes. Ridículo”. Gentili, por fim, “filosofa” sobre o que pode ser feito no ano que vem: “A conclusão é que o que falta mesmo é um pau bem grande no c* de todo mundo. Reflitam sobre isso. Esse é o desafio pra 2014: mais pau no c* de todo mundo”.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

RETRATO FALADO: ENTREVISTA COM ONESIL FIO


No ar, mais uma edição do Retrato Falado, programa de entrevistas.

Meu convidado é Onesio Fio, que promove cavalgadas beneficentes. O Retrato Falado vai ao pelo Canal 5 da Net, operadora de TV por assinatura, aqui em Patos de Minas. 

DISLEXIA 2

Cada um se arma.
Vão para a guerra.
Começa o duelo.
A torcida fibra.
No país do futebol,
a pola agita a rede. 

KILLER JOE


Continuo mantendo a tradição pessoal de assistir a filmes muito tempo depois de terem sido lançados. Assim foi recentemente com “Killer Joe – matador de aluguel” [Killer Joe, EUA, 2011]. O filme é dirigido por William Friedkin, bastante conhecido por “O exorcista”, clássico de 1973.

O filme é baseado em peça homônima, escrita por Tracy Letts. Para o elenco, Friedkin escalou Matthew McConaughey (Killer Joe Cooper), Emile Hirsch (Chris Smith), Juno Temple (Dottie Smith), Thomas Haden Church (Ansel Smith) e Gina Gershon (Sharla Smith).

Endividado por causa de drogas, Chris vê na morte da mãe um jeito de ele descolar a grana, pois a morte dela implicaria pagamento de seguro. Joe é então contratado para matar a mãe de Chris. O assassino, contudo, ao conhecer Dottie, a irmã de Chris, exige que ela seja a garantia em caso de calote de Chris.

Não é somente a temática que lembra a de “Fargo”, filme dirigido pelos Coen em 1996. Tanto um quanto o outro têm em comum um jeito de narrar, que é o dizer as coisas mais escabrosas, sórdidas ou surreais como se algo trivial estivesse sendo enunciado. O truque não é novo nem em narrativas cinematográficas nem literárias, mas sempre funciona. Junte-se a isso um belo toque de humor macabro.

Não há inocentes em “Killer Joe”; nem mesmo Dottie. Ao mesmo tempo, todos são vítimas. Num enredo que não julga nem analisa o comportamento dos personagens, eles mesmos não estão preocupados, seja em se entenderem, seja em entenderem o contexto em que estão.

A direção de Friedkin é impecável. Parte do sucesso está em algo que soa óbvio mas que nem sempre é fácil: extrair o melhor dos atores. Pelo menos é essa a sensação com que se fica. A sequência em que Joe pede a Dottie (a qual tem, ao mesmo tempo, um ar pueril e sensual) que ponha o vestido é uma aula de cinema, em que paixões e pulsões vêm à tona. 

domingo, 8 de dezembro de 2013

FORA DE CAMPO, FUTEBOLZINHO

Os estádios para a Copa do Mundo em 2014 estão custando mais do que o programado; eu e você estamos pagando a conta. No Itaquerão, no dia 27 de novembro, Fabio Luiz Pereira, 42 anos, e Ronaldo Oliveira Santos, 44 anos, morreram, depois de um acidente em que uma peça se soltou de um guindaste.

Eu já disse anteriormente que sou contra a realização da Copa do Mundo aqui. Quanto mais a data do início do torneio se aproxima, mais contra vou me tornando. No fim das contas, sei que a Copa será realizada. Isso, contudo, não anula a questão de que não estamos prontos para grandes eventos, pois não sabemos lidar nem com nossos pequenos problemas.

Hoje, em Joinville/SC, houve briga entre os torcedores do Atlético e do Vasco, quando o time carioca já estava sendo derrotado pelo Atlético/PR por um a zero. Torcedores foram levados para um hospital da cidade (não correm risco de morte). Depois, integrantes da torcida do Atlético/PR brigaram entre si.

A briga em Joinville de um toque melancólico ao fim do torneio. Para o futebol carioca, a temporada foi terrível: Fluminense e Vasco foram rebaixados. Já o futebol mineiro teve seu melhor ano na história, com o Atlético campeão da Libertadores e o Cruzeiro campeão brasileiro. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

APONTAMENTO 190

A fome se regozija com o que a abastança dispensa. 

"COMPRE! COMPRE! COMPRE!"

Há muitos anos li uma frase que dizia algo mais ou menos assim: “Algumas roupas nos dão uma sensação de paz tão grande que nenhuma religião consegue nos proporcionar”. Não me lembro de quem é a frase, as palavras podem não ser exatamente essas, mas a essência dela está no que cito de memória.

Deixo de lado a questão específica da sensação de paz, referindo-me agora ao que um determinado produto pode causar: a ideia de que basta tê-lo para se tornar uma pessoa descolada. A publicidade e a propaganda são eficazes, pois cai-se na armadilha, compra-se a ilusão, seja ela materializada num telefone, seja num televisor.

Um produto dá a ilusão de que se é descolado. Ilusão que passa rápido. Daí a ânsia de se adquirir um outro, pois não se quer ficar fora da comunidade dita globalizada e descolada. Compra-se e fica-se com a sensação de que estamos em sintonia com os demais, frequentando uma comunidade de gente sedutora e inteligente. 

Não comprar é estar fora do jogo, é anular a sensação de pertencimento a uma coletividade contemporânea, feliz e cosmopolita. Nessa “lógica”, o modelo de produto lançado ontem é obsoleto hoje; o que importa é ser descolado agora. Miragem e ilusão a nos prometer um oásis criativo e maduro, num mundo em que atraímos os outros porque compramos. O celular faz o monge. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

SINTONIA FINA — EDIÇÃO 22


Seleção musical

Moby – The perfect life
Bruno Fontoura – Despertar
Fun – Carry on
A Cor do Som – Abri a porta
Kings of Leon – Beautiful war
Zeca Baleiro – Babylon
Abba – I do, I do, I do, I do, I do
Zé Ramalho – Garoto de aluguel 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

APONTAMENTO 189

O mundo é histriônico, não tem sensibilidade para sintonizar quem não é. Num insano afã por barulho, nessa busca inescrupulosa por uns trocadinhos e alguns minutos de fama, muitos discretos formidáveis, em meio ao vozerio, nem são notados. Os sutis, captados por poucos, são negligenciados pela maioria. O mundo, ansioso por gritaria, quer pessoas espetaculosas, mas não tem a inteligência para perceber espetaculares silêncios e sutilezas. 

domingo, 1 de dezembro de 2013

VASCO OU FLUMINENSE

O Cruzeiro foi uma mãe para o Bahia, que, após a vitória de hoje no Mineirão, livrou-se do rebaixamento, o que acho ótimo. O próprio Cruzeiro já havia sido uma mãe para o Vasco, perdendo para a equipe carioca. O problema é que o Vasco parece estar sem pai nem mãe; a equipe segue na zona de rebaixamento, mesmo tendo vencido o rebaixado Náutico.

O Fluminense também está na zona de rebaixamento. Na última rodada, joga contra o Bahia. Não tivesse o time do nordeste vencido o Cruzeiro no Mineirão, o jogo do fim de semana que vem poderia ser ainda mais dificultoso para o Fluminense. Já o Vasco, na última rodada, enfrenta o Atlético/PR, que ainda disputa vaga na Libertadores.

Já é certo que Fluminense ou Vasco cairá. Pode acontecer ainda de os dois caírem, o que configuraria um ano deplorável para o futebol carioca, mesmo com o Flamengo tendo vencido a Copa do Brasil. Alguns dos que desejam a queda do Fluminense usam o argumento de que o tricolor já foi favorecido em duas viradas de mesa. Para esses torcedores, estaria na hora de o Flu sentir o gosto da segunda divisão.

(As histórias de viradas de mesa refletem os esquemas condenáveis do futebol brasileiro. Caso queira se informar sobre algumas delas, confira este “link”: http://blogdobirner.virgula.uol.com.br/2008/03/28/os-times-beneficiados-pelas-viradas-de-mesa/) 

(DES)APONTAMENTO 5

Estou acompanhando o jogo do Cruzeiro pela TV. Parece haver um helicóptero sobrevoando o Mineirão. Acho que não é o da família Perrella, a qual deve estar passando o domingo em branco.