sexta-feira, 18 de outubro de 2013

DÉBITO

Devo a tudo e a todos
qualquer verso.

Não há como saber de todas
as influências 
que enviamos
e que recebemos.
Sei que devo 
qualquer palavra 
a tudo quanto há.

Devo a Borges este poema, 
mas não o devo menos a ti 
nem ao Cerrado 
nem a qualquer mulher 
que só vi uma vez 
e de que já me esqueci. 

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