sábado, 9 de junho de 2012

PAULINHO PEDRA AZUL EM PATOS DE MINAS

Já devo ter escrito neste blogue que é difícil imaginar um privilégio maior do que ver alguém, na maturidade artística e profissional, exercer seu talento. Nesse sentido, foi um privilégio e uma honra conferir o show de Paulinho Pedra Azul, ontem (08/06), no Balaio de Cultura, no Parque de Exposições, em Patos de Minas.

Paulinho está na estrada há 30 anos, conforme ele mesmo ressaltou durante o espetáculo. Ao som da MPB, com suas serestas, xotes e lirismo, o cantor deu ao show um tom intimista e caseiro, lembrando-se das vezes nas quais esteve em Patos de Minas anteriormente. Falou de almoços em casa de amigos, dos encontros, do pessoal da cidade que confere seus shows quando ele se apresenta em Brasília...

Relembrou também causos de trinta anos de carreira, contou piadas e conduziu com experiência e sabedoria o espetáculo. O público se deliciou, cantando juntos os clássicos do cantor (que também tem livros publicados) e de outros mestres da MPB.

Infelizmente, fico devendo os nomes dos dois músicos que acompanharam o cantor durante o show: um pianista e um percussionista. À parte isso, Paulinho Pedra Azul está cantando como nunca; o timbre está mais grave, mais encorpado, a voz me pareceu mais potente.

Foi uma noite emocionante, regada a boa música, com a plateia diante de um artista maduro, bem-humorado, acessível. Ao término, ele não somente agradeceu por estar aqui bem como disse estar sempre à disposição para voltar sempre que houver convite.

Que haja. Que ele volte. Que eu esteja lá. E que bom que o Sindicato Rural tenha investido na ideia de construir no Parque de Exposições um espaço como o Balaio. Com exceção de Paulinho Pedra Azul, que disse se considerar como se fosse daqui, em virtude das amizades que fez e das vezes em que esteve em Patos de Minas, o Balaio é feito por artistas locais. Em contrapartida, não tem havido o tom ingenuamente bairrista que poderia ocorrer. Que o Balaio se faça presente no futuro.

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