Já devo ter escrito neste blogue que é difícil imaginar um
privilégio maior do que ver alguém, na maturidade artística e profissional,
exercer seu talento. Nesse sentido, foi um privilégio e uma honra conferir o
show de Paulinho Pedra Azul, ontem (08/06), no Balaio de Cultura, no Parque de
Exposições, em Patos de Minas.
Paulinho está na estrada há 30 anos, conforme ele mesmo
ressaltou durante o espetáculo. Ao som da MPB, com suas serestas, xotes e
lirismo, o cantor deu ao show um tom intimista e caseiro, lembrando-se das
vezes nas quais esteve em Patos de Minas anteriormente. Falou de almoços em
casa de amigos, dos encontros, do pessoal da cidade que confere seus shows
quando ele se apresenta em Brasília...
Relembrou também causos de trinta anos de carreira, contou
piadas e conduziu com experiência e sabedoria o espetáculo. O público se
deliciou, cantando juntos os clássicos do cantor (que também tem livros
publicados) e de outros mestres da MPB.
Infelizmente, fico devendo os nomes dos dois músicos que acompanharam
o cantor durante o show: um pianista e um percussionista. À parte isso,
Paulinho Pedra Azul está cantando como nunca; o timbre está mais grave, mais
encorpado, a voz me pareceu mais potente.
Foi uma noite emocionante, regada a boa música, com a plateia
diante de um artista maduro, bem-humorado, acessível. Ao término, ele não
somente agradeceu por estar aqui bem como disse estar sempre à disposição para
voltar sempre que houver convite.
Que haja. Que ele volte. Que eu esteja lá. E que bom que o
Sindicato Rural tenha investido na ideia de construir no Parque de Exposições
um espaço como o Balaio. Com exceção de Paulinho Pedra Azul, que disse se
considerar como se fosse daqui, em virtude das amizades que fez e das vezes em
que esteve em Patos de Minas, o Balaio é feito por artistas locais. Em
contrapartida, não tem havido o tom ingenuamente bairrista que poderia ocorrer.
Que o Balaio se faça presente no futuro.
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