Meus amigos sabem da admiração que tenho pela escritora polonesa Wisława Szymborska. Neste blogue, já a mencionei numa das postagens do Caiu na Rede, bem como já li poema dela na atração.
Recentemente, a Companhia das Letras lançou coletânea com poemas de Szymborska, praticamente inédita em português. Eles dão uma bela ideia do quanto ela é espirituosa, irônica e plena de senso de humor; ela é lúdica e filosófica. O livro tem tradução, seleção e prefácio de Regina Przybycien.
A capa do livro é um barato à parte (caso queira vê-la ampliada, clique na imagem acima). Os patrulheiros do (chato) politicamente correto certamente não vão gostar. A foto é de Joanna Helander. (Na xícara, será que se trata de café? O relógio marca meio-dia e vinte e dois. Ou seria meia-noite e vinte e dois? A luz que incide sobre o braço que segura o cigarro faz com que eu pense em meio-dia e vinte e dois. Ao fundo, livros numa estante.)
Szymborska foi Nobel de Literatura em 1996. Foi nessa época que li o primeiro texto dela – “Vietnã”. A partir desse poema, passei a nutrir interesse pela autora. Li alguns poemas na internete, no próprio sítio da Fundação Nobel. Pedi uma coletânea em inglês, intitulada “Sounds, Feelings, Thoughts”. Boa parte desses textos estão na seleção de Regina Przybycien.
A obra de Szymborska é curta. Przybycien diz em seu prefácio que a polonesa publicou “algumas centenas de poemas” em doze pequenos livros. Há também dois livros de crônicas. Contudo, a poesia dela tem aquela densidade dos textos curtos. A simplicidade deles não significa deixar de lado os famosos grandes temas. Sempre com inteligência, com argúcia, com engenho; o espírito puro, o wit.
6 comentários:
Lívio,
muito obrigada pela divulgação do livro da Szymborska. Irei atrás dele em breve. Ainda não conheço os textos da escritora polonesa - com exceção do poema que certa vez você leu no "Caiu na Rede". Quando escutei sua leitura, achei a síntese da poesia de Szymborska, entre outras qualidades, forte.
E gostei da foto da capa do livro.
Grande abraço. Obrigada.
Oi, Bruna. Não precisa agradecer.
Gosto muito da escritora. Tendo a chance, confira a edição em inglês a edição a que fiz referência na postagem.
Quanto à capa, é um barato.
Abraço e grato pela leitura.
Livio (e Bruna),
Já conheço essa poeta há um tempo. Nao sei se sabem, mas Kieslowski se baseou me um poema dela para criar a trilogia das cores.
Amanhã vou comprar o livro. A capa, com café e cigarro, é uma afronta ao time dos chatos. Que seja!
Vitor
Olá, Vitor.
Obrigado pela visita e pelo comentário.
O primeiro poema que li dela foi "Vietanam". A partir daí, não mais parei.
Sim - que seja!
Comprei o livro hoje pela manhã e pude observar a capa de perto: é realmente um "poema" à parte.
E encontrei a tradução de "Amor à primeira vista", o que me deixou bem feliz, pois só conhecia em francês.
Prezado Vitor, que você curta o livro - assim como curtiu o belo "poema" da capa.
Não é um barato, o "Amor à primeira vista"?
Que você goste do livro. Mas insisto (a exemplo do que eu disse para a Bruna): consiga uma edição em inglês dos poemas dela. Não pela qualidade, mas pela quantidade - quanto mais tivermos dela, melhor.
Um forte abraço e obrigado pela visita.
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