A morte chega em cima da hora?
Chega antes?
Chega depois?
A morte se atrasa?
Se adianta?
É sempre pontual?
A gente convida a morte sem saber que a estamos convidando?
A morte é a penetra da festa?
Ou é a anfitriã?...
Por que aos gatos são dadas sete vidas?
Quando a vida está por um fio a morte está por um triz?
Quantas vezes morro?
Por que você me matou?
Por que você não me matou?
Onde mora a morte?
Morte vem de dentro?
Vem de fora?
Escolhe ou é escolhida?
A morte é que seduz o suicida?
Qual a cor da morte?
Quanto pesa?
Há redenção na morte?
Existe morte estúpida?
A luz daqui acende a de lá?
Morte é auge ou anticlímax?
Continuidade ou interrupção?
Fracasso ou rio?
Será a morte um ponto final?
Ou um ponto de exclamação?
Ou a morte prefere as reticências?...
É uma vida diferente?
A gente se lembra da vida?
É o outro lado da moeda?
Morte é sono ou comunhão?
Descanso ou mais um passo?
Voo ou pedra?
Morte é certeza?
É ferida que dói e não se sente?
O que pergunta é a vida.
2 comentários:
Belíssima reflexão sobre a fronteira entre os dois mundos. Abração.
Obrigado, Manoel.
Grande abraço.
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