Marcos Rassi é professor de história. Quando fala sobre Patos de Minas (a cidade em que vive) ou sobre os habitantes do lugar, dá às pessoas ou à cidade uma dimensão verdadeiramente histórica. Ele faz com que qualquer habitante local se torne, efetivamente, um personagem histórico – o que todos nós, a rigor, somos.
sábado, 30 de abril de 2011
APONTAMENTO 108
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Marcos Rassi
quinta-feira, 28 de abril de 2011
HORIZONTE x FLAMENGO
O técnico do Horizonte, time derrotado pelo Flamengo, há pouco, lá no Ceará, chama-se Roberto Carlos. A associação é inevitável: Horizonte... Roberto Carlos...
...O futebol imita a arte.
...O futebol imita a arte.
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segunda-feira, 25 de abril de 2011
FOTOPOEMA 189
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CAIU NA REDE (61)
Pessoas, a edição 61 do Caiu na Rede está no ar. Valeu.
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PARALAMAS COM NOVO CD
Os Paralamas estão com um CD novo. O álbum, gravado ao vivo, tem as participações de Zé Ramalho (na faixa “Mormaço”, composição do trio dos Paralamas) e de Pitty (na faixa “Tendo a lua”, de Tetê Tillett e Herbert Vianna). O CD tem dezesseis faixas.
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quinta-feira, 21 de abril de 2011
FLUMINENSE PROSSEGUE NA LIBERTADORES
Imprensa e meios de comunicação disseram que o Fluminense desafiou a matemática ao conseguir a classificação na primeira fase da Libertadores, ao vencer o Argentinos Juniors, lá na Argentina. É que o Fluminense não dependia só de si, além de precisar vencer por pelo menos dois gols de diferença: com o empate em 0 a 0 entre Nacional, do Uruguai, e América, do México (jogo de que o time carioca dependia), o Fluminense se classificou, em virtude do saldo de gols a favor com que terminou a primeira fase do torneio.
A rigor, o que o Fluminense desafiou não foi a matemática. Ele desafiou, sim, a probabilidade da eliminação. Segundo o que foi informado pela imprensa e meios de comunicação, o Fluminense, de acordo com os matemáticos, tinha oito por cento de chances para se classificar. Ora, a classificação do time carioca não desafia a matemática. Aliás, o resultado confirma os cálculos. Afinal, oito por cento de chances não significam chance alguma. O Fluminense não desafiou nem o impossível nem a matemática – ele desafiou o improvável.
À parte isso, a classificação do Fluminense é louvável e bonita. É uma daquelas vitórias que inspiram e que nos incentivam a agarrar possíveis oito por cento de chances que possam aparecer por aí na vida da gente. Em contrapartida, a nota triste foi a vexaminosa briga que aconteceu depois que o jogo terminou.
A rigor, o que o Fluminense desafiou não foi a matemática. Ele desafiou, sim, a probabilidade da eliminação. Segundo o que foi informado pela imprensa e meios de comunicação, o Fluminense, de acordo com os matemáticos, tinha oito por cento de chances para se classificar. Ora, a classificação do time carioca não desafia a matemática. Aliás, o resultado confirma os cálculos. Afinal, oito por cento de chances não significam chance alguma. O Fluminense não desafiou nem o impossível nem a matemática – ele desafiou o improvável.
À parte isso, a classificação do Fluminense é louvável e bonita. É uma daquelas vitórias que inspiram e que nos incentivam a agarrar possíveis oito por cento de chances que possam aparecer por aí na vida da gente. Em contrapartida, a nota triste foi a vexaminosa briga que aconteceu depois que o jogo terminou.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
APONTAMENTO 107
Arriscar é preciso. É que, de vez em quando, quem realiza não é a gente – é o improvável, o imponderável ou o insondável.
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terça-feira, 19 de abril de 2011
CAIU NA REDE (60)
Pessoas, a edição 60 do Caiu na Rede está no ar. Para escutar, basta dar "play" aí à direita, no alto.
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segunda-feira, 18 de abril de 2011
APONTAMENTO 106
O problema não é o valor do salário mínimo – é o número de salários que se ganha...
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quinta-feira, 14 de abril de 2011
CELEBRAÇÃO
Sempre fui contra boa parte do que propaganda e publicidade têm produzido. A técnica, a criatividade e a inteligência de que se valem estão a serviço, na maioria das vezes, de embustes e mentiras.
O esporte também é cheio de maracutaias em que o fã é o atingido. Se houver então propaganda e publicidade em torno de um evento esportivo, será lícito supor um duplo engodo – o da propaganda e publicidade e o do esporte.
À parte isso, o Comitê Olímpico Internacional, em 2004, lançaria marcante campanha publicitária. Produzida pela Saatchi & Saatchi, de Nova Iorque, a série de comerciais e de anúncios, veiculada em mídias eletrônicas e impressas, vale-se do amplo acervo de imagens do Comitê. Na campanha para televisão e rádio, a narração ficou por conta do ator Robin Williams.
Desde quando começaram a ser veiculados, os comerciais me chamaram a atenção pela beleza, por serem comoventes e pelo tom extremamente whitmaniano que têm: a ideia de que podemos estar em sintonia apesar de superficiais diferenças, a ideia de que podemos fazer do encontro um momento de comunhão, a ideia de expressar – sem pieguice – que a derrota pode ter a mesma beleza da vitória... Tudo isso são questões por demais expressas na poesia de Walt Whitman (1819-1892).
Abaixo, a fim de ilustrar o que digo, poema de Whitman; a seguir, tradução que fiz para o texto; por fim, vídeo em que há os comerciais veiculados mundialmente em 2004.
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O esporte também é cheio de maracutaias em que o fã é o atingido. Se houver então propaganda e publicidade em torno de um evento esportivo, será lícito supor um duplo engodo – o da propaganda e publicidade e o do esporte.
À parte isso, o Comitê Olímpico Internacional, em 2004, lançaria marcante campanha publicitária. Produzida pela Saatchi & Saatchi, de Nova Iorque, a série de comerciais e de anúncios, veiculada em mídias eletrônicas e impressas, vale-se do amplo acervo de imagens do Comitê. Na campanha para televisão e rádio, a narração ficou por conta do ator Robin Williams.
Desde quando começaram a ser veiculados, os comerciais me chamaram a atenção pela beleza, por serem comoventes e pelo tom extremamente whitmaniano que têm: a ideia de que podemos estar em sintonia apesar de superficiais diferenças, a ideia de que podemos fazer do encontro um momento de comunhão, a ideia de expressar – sem pieguice – que a derrota pode ter a mesma beleza da vitória... Tudo isso são questões por demais expressas na poesia de Walt Whitman (1819-1892).
Abaixo, a fim de ilustrar o que digo, poema de Whitman; a seguir, tradução que fiz para o texto; por fim, vídeo em que há os comerciais veiculados mundialmente em 2004.
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Song of myself 18 - Walt Whitman
With music strong I come, with my cornets and my drums,
I play not marches for accepted victors only, I play marches for
conquer'd and slain persons.
Have you heard that it was good to gain the day?
I also say it is good to fall, battles are lost in the same spirit
in which they are won.
I beat and pound for the dead,
I blow through my embouchures my loudest and gayest for them.
Vivas to those who have fail'd!
And to those whose war-vessels sank in the sea!
And to those themselves who sank in the sea!
And to all generals that lost engagements, and all overcome heroes!
And the numberless unknown heroes equal to the greatest heroes known!
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Canção de mim mesmo 18 - Walt Whitman
Com música forte eu venho, com minhas cornetas e meus tambores,
eu não toco marchas para os vitoriosos aceitos apenas, eu toco marchas para as pessoas dominadas e assassinadas.
Você ouviu que foi bom ganhar o dia?
Eu digo que também é bom cair, as batalhas são perdidas no mesmo espírito em que são ganhas.
Bato forte meu ritmo pelos mortos,
sopro pela embocadura o mais alto e contente por eles.
Vivas para aqueles que fracassaram!
E para aqueles cujos navios de guerra afundaram no mar!
E para aqueles mesmos que afundaram no mar!
E para todos os generais que perderam batalhas, e para todos os heróis derrotados!
E para os inumeráveis heróis desconhecidos, iguais aos maiores heróis conhecidos!
eu não toco marchas para os vitoriosos aceitos apenas, eu toco marchas para as pessoas dominadas e assassinadas.
Você ouviu que foi bom ganhar o dia?
Eu digo que também é bom cair, as batalhas são perdidas no mesmo espírito em que são ganhas.
Bato forte meu ritmo pelos mortos,
sopro pela embocadura o mais alto e contente por eles.
Vivas para aqueles que fracassaram!
E para aqueles cujos navios de guerra afundaram no mar!
E para aqueles mesmos que afundaram no mar!
E para todos os generais que perderam batalhas, e para todos os heróis derrotados!
E para os inumeráveis heróis desconhecidos, iguais aos maiores heróis conhecidos!
CAIU NA REDE (59)
Pessoas, a edição 59 do Caiu na Rede está no ar.
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quarta-feira, 13 de abril de 2011
VOLTEIO
Vive dando voltas.
É cheio de rodeios,
afeito a circunlóquios.
Na vertical, é número.
Na horizontal, é infinito.
Precedido do “c”, é prazer.
Se interrompido, é “oi”.
Mas se deixarem,
completa o biscoito.
É cheio de rodeios,
afeito a circunlóquios.
Na vertical, é número.
Na horizontal, é infinito.
Precedido do “c”, é prazer.
Se interrompido, é “oi”.
Mas se deixarem,
completa o biscoito.
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segunda-feira, 11 de abril de 2011
APONTAMENTO 105
Que sempre fomos inviáveis, a literatura e a filosofia (por exemplo) têm nos mostrado há milênios. Há quem diga que hoje é pior. Mas temos sido a mesma coisa inviável desde sempre. O que faz parecer que a inviabilidade de hoje é mais intensa do que a de ontem é a quantidade. Quanto mais gente há, mais inviáveis as coisas parecem estar. Mas continuamos sendo as mesmas gentinhas que sempre fomos. É que a quantidade gera mais encontros, e os encontros multiplicam a inviabilidade do que somos.
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quarta-feira, 6 de abril de 2011
CAIU NA REDE (58)
Pessoas, a edição 58 do Caiu na Rede está no ar.
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domingo, 3 de abril de 2011
CONTO 42
Eduardo estava preocupado: era capaz de sentir tesão por praticamente qualquer mulher – desde que ela não tirasse a roupa. Se tirasse, que fosse no escuro. Não fazia questão de que elas usassem saias ou vestidos – fazia questão de que estivessem vestidas. Como argumento, dizia que nenhuma mulher, por mais perfeita que parecesse ser enquanto estivesse vestida, é sensual após tirar a roupa. Entretanto, no fundo, julgava haver algo errado com ele. Certo dia, conheceu Celma, que não gostava de tirar a roupa quando ia fazer amor. A relação malogrou porque Eduardo não intuiu que o maior e quase inconsciente desejo de Celma era o de que alguém, forçada e rudemente, arrancasse-lhe as roupas na hora do sexo.
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