quinta-feira, 3 de março de 2011

BOLA MURCHA

Já escutei nos meios de comunicação que a Fifa não deixa que se insira um chip na bola porque isso acabaria com o ingrediente emoção no futebol.

O chip terminaria com com aquelas discussões sobre se a bola passou totalmente ou não pela linha do gol. Não sei se o argumento da Fifa é esse mesmo, mas, se for, é um argumento bobo.

O futebol é emocionante não porque, de vez em quando, fica-se em dúvida se a bola entrou. Isso é exceção. O saber com certeza se uma bola entrou não eliminaria as defesas incríveis nem os golaços nem as bolas na trave nem os lances fabulosos nem as catimbas nem as zebras loucas.

O futebol não perderia sua dimensão humana por causa do chip. Ele eliminaria um pedaço da conversa no botequim, mas não acabaria com as demais outras e inúmeras possibilidades e metáforas que o futebol pode oferecer. Por fim, o chip traria um senso de justiça ou de mérito, ao dizimar dúvida se houve gol ou não.

2 comentários:

Rusimário disse...

Oi Lívio,
Esse é um assunto um tanto gástrico. Hoje em dia a decisão está na mão de um homem da CBF, o árbitro. Bom ou ruim é um homem da CBF. No caso do chip, poderiamos incluir na lista dos tomadores de decisão, hackers, crackers, e toda universalidade de vírus.
Se hoje vemos um time de expressão perdendo e um juiz cria uma situação para mudar o cenário da partida, imagine o que apitaria esse chip com ligações telefônicas influentes...
Grande abraço

Lívio Soares de Medeiros disse...

Olá, Rusimário. Se entendi bem, você sugere que poderia haver maracutaia apesar do chip - ou no próprio chip.

Partindo do pressuposto de que entendi corretamente, é verdade: o chip não implicaria o fim das tramoias nos lances em que ele entraria em cena. Ainda assim, não vejo motivo para que ele não seja instalado.

Grande abraço e obrigado por conferir.