Clarissa não sabe se chora pelas migalhas de felicidade que teve ou pela felicidade a qual pensou que teria. O choro é no presente, mas há todo um passado estilhaçado, todo um futuro desvanecido. Enquanto o choro vai sendo conjugado, suas grandes tragédias e as grandes tragédias do mundo todo, bem como todas as canções e todas as madrugadas, vão sendo destiladas. Ela chora por si e por todos. É quando percebe que lá longe, no horizonte, desponta uma luz que atende pelo nome de manhã. Clarissa quer viver de novo.
2 comentários:
(hj acordei pessimista)
é... às vezes parece à Clarissa em mim q o grande problema é querer viver d novo, apesar de.
mas como vc disse em um dos seus poemas, né, Lívio, "um dia, hei de prosseguir porque."
Que esse "apesar de" seja temporário, Gabriela - apesar de tudo...
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