quinta-feira, 25 de junho de 2009

APONTAMENTO 58

Dos mitos aos sonhos, passando pelo artista todo maquiado no circo, tudo é contar história. Cada um conta a sua como consegue, sabendo disso ou não; todo mundo é personagem, sabendo ou não. Nessa história toda, que pode ser triste ou feliz, monótona ou vivaz, somos todos autores e personagens, escrevemos e somos escritos. Poder-se-ia simplesmente dizer: “Como somos estúpidos”. Ora, mas isso é pobre. Quando se cria uma história, nem por isso deixamos de ser estúpidos, mas somos, em contrapartida e ao mesmo tempo, criativos, e entendemos melhor nossa estupidez. Do buquê enviado à ofensa proferida, tudo é um contar de história. Queremos, talvez em vão, entender o que somos e o que são as demais coisas. E nosso jeito de fazer isso é contar histórias.

2 comentários:

Anônimo disse...

Por isso nosso culto à Literatura, tão essencial ao espírito, à nossa identificação (auto-identificação) para com o mundo... As histórias se repetem, nossos atos também, nossos pensamentos e buscas são os mesmos, os mistérios perduram assim como os mitos porque sempre suprirão as necessidades humanas, que são aseculares, somos os mesmos...

Gostei de seu blog, conheci-o pelo do Fred... :)

Raquel Moreira.

Lívio Soares de Medeiros disse...

Obrigado por conferir, Raquel. Espero contar sempre com sua visita.