Aos amores que nada podem, alguns versos, pois
a proximidade de seu amor é precária; a distância é certa.
Os amores que nada podem vivem de dribles e acasos.
Em amores que nada podem, o possível é fugidio;
o impossível, pesado, insistente, doloroso.
Do pouco que se tocam, fazem o muito com que sonham.
Os amores que nada podem conseguem força
no que resta, e o que resta é sempre pouco.
Os amores que nada podem são trágicos e sublimes.
Aos amores que nada podem, uma canção, pois
o cansaço do que não pode ser só não é maior
do que o amor que um dia haveria para existir.
a proximidade de seu amor é precária; a distância é certa.
Os amores que nada podem vivem de dribles e acasos.
Em amores que nada podem, o possível é fugidio;
o impossível, pesado, insistente, doloroso.
Do pouco que se tocam, fazem o muito com que sonham.
Os amores que nada podem conseguem força
no que resta, e o que resta é sempre pouco.
Os amores que nada podem são trágicos e sublimes.
Aos amores que nada podem, uma canção, pois
o cansaço do que não pode ser só não é maior
do que o amor que um dia haveria para existir.
2 comentários:
Lívio, me lembrei de uma poesia sua, talvez complementar a esta do post:
(de "Algo de Sempre")
AMOR CONCRETO
Viva os amores que se realizam.
Viva os amos que se amam na prática.
Viva os amores que não se escondem em esquálidas abstrações.
Viva os amores ousados, que sabem se dizer, que sabem se fazer.
Vida longa para os amores reais,
que vivem problemas reais e que têm sonhos reais.
A propósito, ambos poemas são lindos. =)
Eu mesmo não havia feito a ligação, Gabriela. Obrigado mais uma vez. Valeu pela força.
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