quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ELEIÇÕES NOS EUA

Hoje à tarde assisti a imagens que mostravam celebrações ocorridas no planeta por causa da vitória de Obama.

Os vídeos o mostravam sendo ovacionado. Claro que muita dessa alegria era pelo fato de Bush estar saindo; contudo, em vez de ataques a Bush, o que vi foram loas a Obama. Pode até ser que os elogios a Obama tenham sido um modo tergiversado de atacar Bush. Contudo, o que me pareceu foi que houve mesmo um entusiasmo imenso quanto ao candidato recentemente eleito.

O próprio Obama empunhou a bandeira da chamada “mudança”, uma das palavras mais usadas por ele em seus discursos. As manifestações ao redor do mundo pareciam ser o reflexo da crença nessa mudança; todos se mostraram aliviados por se verem livres do desastrado Bush.

Se as festas ocorreram para celebrar a saída de Bush, ótimo. Se não, ainda é cedo, cedo demais. O apito final está longe de soar para Obama. Já o final para Bush soou tarde demais; talvez nem devesse ter havido o inicial. As imagens a que assisti me deixaram com a impressão de haver uma confiança extrema em Obama. Pode ser que a festa termine mal. Ou que talvez as imagens sejam apenas rompantes de quem não agüentava mais ver a cara do Bush.

Torço muito para que Obama realize um bom trabalho. Quando ele terminar, que as comemorações vindouras sejam para celebrar seu legado.

2 comentários:

Gabriela Maria disse...

A celebração popular à política teve a mesma proporção no ano da primeira eleição do Lula.

Acho que, para os sujeitos a um sistema em crise, uma simples bandeira-mudança é motivo pra mta festa.

Mas confundir o hasteamento de bandeira-mudança com apito inicial pra essa mudança pode mesmo ser causa de severa decepção futura.

Se o mundo inteiro hoje comemora, será que no caso da decepção nós, brasileiros, já estaremos suficientemente calejados? E isso seria bom ou ruim?

Melhor mesmo é viver e pensar um dia de cada vez - com a oportuna consciência de que apito é apito, mas bandeira não o é.

Nélio Lobo disse...

"Desastrado"? Lívio, ASSASSINO não é um termo mais apropriado para designar W. Bush?