Ouvi aluno meu dizendo que adquiriu o hábito da leitura depois de ter encarado “O código da Vinci”. Lembro-me de ter visto esse mesmo aluno dizer que havia gostado de “Dom Casmurro”. Também disse que tem a série Harry Potter, mas não percorreu os livros ainda. Recentemente, leu “O velho e o mar”.
Vejo com bons olhos esse começo de leituras sem critério. Ainda que o estudante não saiba ainda diferenciar com clareza, por exemplo, Dan Brown de Machado de Assis, no que diz respeito à literariedade, o hábito da leitura, caso se mantenha, pode fazer com que a percepção dele vá se tornando cada vez mais requintada. É uma possibilidade.
É por isso que não concordo muito com aqueles que simplesmente abominam os chamados best-sellers. Penso ser necessário ler, seja o que for. Se pelo menos uma das milhares e milhares de pessoas que se entregam a modismos passarem a ler textos que se tornaram perenes, após ter descoberto o gosto da leitura por intermédio dos best-sellers, já está ótimo.
Além do mais, esses livros de vendagem estrondosa são lucro certo para as editoras e para as livrarias. É preferível haver uma livraria lucrando com “O segredo”, desde que também coloque à disposição outras vertentes, a não haver livraria nenhuma. Clássicos imprescindíveis não garantem a sobrevivência dos livreiros, principalmente no interior.
Vejo com bons olhos esse começo de leituras sem critério. Ainda que o estudante não saiba ainda diferenciar com clareza, por exemplo, Dan Brown de Machado de Assis, no que diz respeito à literariedade, o hábito da leitura, caso se mantenha, pode fazer com que a percepção dele vá se tornando cada vez mais requintada. É uma possibilidade.
É por isso que não concordo muito com aqueles que simplesmente abominam os chamados best-sellers. Penso ser necessário ler, seja o que for. Se pelo menos uma das milhares e milhares de pessoas que se entregam a modismos passarem a ler textos que se tornaram perenes, após ter descoberto o gosto da leitura por intermédio dos best-sellers, já está ótimo.
Além do mais, esses livros de vendagem estrondosa são lucro certo para as editoras e para as livrarias. É preferível haver uma livraria lucrando com “O segredo”, desde que também coloque à disposição outras vertentes, a não haver livraria nenhuma. Clássicos imprescindíveis não garantem a sobrevivência dos livreiros, principalmente no interior.
2 comentários:
Sabia palavra, Lívio.
Resumem como iniciou e cresceu meu hábito à leitura, mesmo não tendo critérios e sabedoria suficiente para discernir todas as miudezas do pensamento machadiano, considero-me grato ao(s) best-sellers.
Sem eles a vida das livrarias estaria acabada.
Análise precisa, master. Você me remete às histórias em quadrinhos de Carl Barks, da Disney, meu primeiro contato com a literatura.
Para o bem ou para o mal, também foi na banca que adquiri meu primeiro livro, O Alquimista, seduzido por uum conto de Wilde estampado na quarta capa...
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