Barack Obama e outros membros da cúpula do governo estadunidense assistiram ao vivo a execução de Osama bin Laden, num bizarro Big Brother bélico. A foto acima (clique sobre ela para vê-la ampliada) mostra Obama e outros membros da cúpula acompanhando em tempo real a operação realizada pelos EUA. A expressão de Hillary Clinton me chama a atenção. Estaria ela chocada, preocupada, terrificada, assustada? Ao fundo, há outra mulher, atrás de um funcionário de camisa azul, que posiciona o corpo, para também acompanhar o “espetáculo”.
Kathryn Bigelow, diretora de “Guerra ao Terror”, pegando uma oportunista carona no ocorrido em Abbottabad, fará um filme sobre o assassinato. A ideia inicial era uma ficção em que tentativa de matar Osama bin Laden malogra. Nos novos planos da diretora, os assassinos terão êxito. Por certo, será mais uma produção ufanista.
Robert Fisk, do jornal britânico The Independent, afirma que o Paquistão sabia que Osama bin Laden estava no país. “Pakistan knew where he was” [o Paquistão sabia onde ele estava], escreveu Fisk, que conhecia Osama bin Laden pessoalmente – como repórter, o correspondente entrevistou o mentor da Al Qaeda. Os EUA chegaram até a mansão em Abbottabad a partir de um prisioneiro em Guantánamo. Torturado, ele revelaria o nome de um mensageiro de confiança de Osama bin Laden.
Nos EUA, multidões ovacionaram. Na onda de patriotismo, a CNN mostrou, anteontem, foto-montagem em que a Estátua da Liberdade segura a cabeça de Osama bin Laden (a montagem já está em camisetas). Contudo, há gente criticando: a ESPN Brasil informou que Douglas-Roberts, jogador da NBA, foi contra o júbilo levado às ruas: “Foram necessárias 919.967 mortes para matar este cara. Foram necessários dez anos e duas guerras para matar este cara. Nos custou aproximadamente US$ 1.188.263.000.000 [1 trilhão, 188 bilhões e 263 milhões] para matar este cara”. Douglas-Roberts afirmou ser contra “uma guerra de dez anos” e, principalmente, a “morte de inocentes diariamente”.
Kathryn Bigelow, diretora de “Guerra ao Terror”, pegando uma oportunista carona no ocorrido em Abbottabad, fará um filme sobre o assassinato. A ideia inicial era uma ficção em que tentativa de matar Osama bin Laden malogra. Nos novos planos da diretora, os assassinos terão êxito. Por certo, será mais uma produção ufanista.
Robert Fisk, do jornal britânico The Independent, afirma que o Paquistão sabia que Osama bin Laden estava no país. “Pakistan knew where he was” [o Paquistão sabia onde ele estava], escreveu Fisk, que conhecia Osama bin Laden pessoalmente – como repórter, o correspondente entrevistou o mentor da Al Qaeda. Os EUA chegaram até a mansão em Abbottabad a partir de um prisioneiro em Guantánamo. Torturado, ele revelaria o nome de um mensageiro de confiança de Osama bin Laden.
Nos EUA, multidões ovacionaram. Na onda de patriotismo, a CNN mostrou, anteontem, foto-montagem em que a Estátua da Liberdade segura a cabeça de Osama bin Laden (a montagem já está em camisetas). Contudo, há gente criticando: a ESPN Brasil informou que Douglas-Roberts, jogador da NBA, foi contra o júbilo levado às ruas: “Foram necessárias 919.967 mortes para matar este cara. Foram necessários dez anos e duas guerras para matar este cara. Nos custou aproximadamente US$ 1.188.263.000.000 [1 trilhão, 188 bilhões e 263 milhões] para matar este cara”. Douglas-Roberts afirmou ser contra “uma guerra de dez anos” e, principalmente, a “morte de inocentes diariamente”.
A ONU quer mais detalhes do assassinato. Pela internete, prolifera o número dos que duvidam da morte de Osama bin Laden. Segundo o que leio agora, o governo americano deve divulgar a qualquer momento foto(s) do suposto cadáver do saudita.
Se por um lado a tecnologia permitiu que Obama e asseclas acompanhassem ao vivo o assassinato, foi também a tecnologia a qual fez com que Sohaib Athar (@ReallyVirtual), que mora em Abbottabad, relatasse, sem saber do que se tratava, a presença dos estadunidenses na cidade. Involuntariamente ele se tornou, via Twitter, uma espécie de repórter que ia gradativamente postando o que podia escutar, compondo a linha do tempo da invasão.
Há muita dúvida e muita desconfiança pairando. À parte isso, mortes de inocentes, torturas, mentiras e assassinatos foram perpetrados tanto pelos EUA quanto pela Al Qaeda. A História acabou fazendo com que a semelhança entre a violência da política estadunidense e as ações da organização terrorista estivesse também refletida nos nomes Osama/Obama.
8 comentários:
Inúmeras dúvidas pairam sobre esse acontecimento. Será mesmo que os EUA conseguiram eliminar o que seria o principal inimigo do estado? Ou seria mais um jogo, onde como sempre, os Estados Unidos vencem?
Nos resta receber todas as informações repassadas pela imprensa e confiar na veracidade dos dados.
Muitas perguntas, não, Lizandro?
E por certo, o que teremos são "respostas".
Grato por conferir.
Lívio,
grande leitura a sua ao colocar lado a lado a violência da política dos EUA e as ações da organização terrorista de forma que elas quase encontrem uma correspondência perfeita nos nomes Osama e Obama. Legal demais.
...E estou daqui também me perguntando qual a melhor definição para a reação da Hillary Clinton. Sei não, talvez ela estivesse ansiosa.
Abraços.
Pois é, Bruna, é que para mim há uma letal equivalência em toda a história.
Valeu.
Meu amigo Lívio Soares, bela tradução dos atuais acontecimentos.
Costumo dizer aos mais próximos sobre esse evento entre Obama e Osama: Criador e criatura - difícil saber quem é quem.
Meu grande abraço.
É o que também penso, meu caro Rusimário.
Grande abraço.
Lívio, também seria interessante tentar imaginar o exato instante em que a foto foi registrada. Caso o horário estivesse disponível no arquivo, poderíamos comparar com a narrativa feita via Twitter.
Abraço.
É verdade, Manoel. Grato por conferir.
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