segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ENTRE OS ESTUDOS E AS TENTAÇÕES

Mais cedo, corri os olhos sobre um trecho de “O povo brasileiro”, de Darcy Ribeiro, que estou lendo. Uma passagem, além de divertida, é reveladora do que somos.

Diz o autor: “Êxito discreto se alcançou na importação de trombadinhas de Lisboa para conviverem com os indiozinhos nos colégios jesuíticos. Em 1550, chegaram à Bahia um bando descrito como feito de ‘moços perdidos, ladrões e maus, que aqui chamam patifes’. Para São Vicente, foram dez ou doze no mesmo ano. Com eles é que os jesuítas esperavam civilizar os curumins, e fazê-los, em aulas conjuntas, aprender gramática latina. Tarefa difícil, como se pôde ver em pouco tempo, quando esses pixotes, assediados pelas índias, não resistiram à tentação, fugindo com elas”.

É: há ocasiões em que o latim não tem vez. 

VERSO

Toda folha tem verso.
Nem toda tem poesia.