Pessoas, a edição 65 do Caiu na Rede está no ar. Para escutar, basta dar “play” aí no alto, à direita, onde está escrito “dê ‘play’ e escute o Caiu na Rede”.
Mesmo ciente de que todos nós temos um profundo conhecimento de polonês, no programa, leio, em inglês, texto da autora polonesa Wisława Szymborska. O poema se chama “The three oddest words”.
Abaixo, quatro versões do texto: a original, a versão em inglês, a tradução que fiz e uma versão do poema musicada por Fernando Tordo. Minha tradução é “torta”, pois se baseou na versão em inglês, de S. Baranczak e C. Cavanagh.
Szymborska foi Nobel de Literatura em 1996. Para mais informações sobre a autora, clique aqui.
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Trzy słowa najdziwniejsze – Wisława Szymborska
Kiedy wymawiam słowo Przyszłść,
pierwsza sylaba odchodzi już do przeszłości.
Kiedy wymawiam słowo Cisza,
niszczę ją.
Kiedy wymawiam słowo Nic,
stwarzam coś, co nie mieści się w żadnym niebycie.
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The Three Oddest Words
When I pronounce the word Future,
the first syllable already belongs to the past.
When I pronounce the word Silence,
I destroy it.
When I pronounce the word Nothing,
I make something no non-being can hold.
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As três palavras mais estranhas
Quando eu pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando eu pronuncio a palavra Silêncio,
eu o destruo.
Quando eu pronuncio a palavra Nada,
eu crio algo que nenhum não-ser consegue abarcar.
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Mesmo ciente de que todos nós temos um profundo conhecimento de polonês, no programa, leio, em inglês, texto da autora polonesa Wisława Szymborska. O poema se chama “The three oddest words”.
Abaixo, quatro versões do texto: a original, a versão em inglês, a tradução que fiz e uma versão do poema musicada por Fernando Tordo. Minha tradução é “torta”, pois se baseou na versão em inglês, de S. Baranczak e C. Cavanagh.
Szymborska foi Nobel de Literatura em 1996. Para mais informações sobre a autora, clique aqui.
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Trzy słowa najdziwniejsze – Wisława Szymborska
Kiedy wymawiam słowo Przyszłść,
pierwsza sylaba odchodzi już do przeszłości.
Kiedy wymawiam słowo Cisza,
niszczę ją.
Kiedy wymawiam słowo Nic,
stwarzam coś, co nie mieści się w żadnym niebycie.
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The Three Oddest Words
When I pronounce the word Future,
the first syllable already belongs to the past.
When I pronounce the word Silence,
I destroy it.
When I pronounce the word Nothing,
I make something no non-being can hold.
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As três palavras mais estranhas
Quando eu pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando eu pronuncio a palavra Silêncio,
eu o destruo.
Quando eu pronuncio a palavra Nada,
eu crio algo que nenhum não-ser consegue abarcar.
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12 comentários:
É muito bom poder reviver parte do passado com o Caiu na Rede. Excelente programa!
Valeu, Lizandro. Obrigado.
Oi Lívio,
bacana seu programa. Parabéns.
Chris
Olá, Chris. Valeu. Obrigado por conferir.
Lívio, sensacional o poema da Wisława Szymborska, que lembra o seu estilo de escrever. Valeu por apresentar a autora. Bom você ter colocado as traduções, pq senti que meu polonês anda meio fraco por esses dias, o que penso estar ligado ao fato de fazer algum tempo que não visito a Polônia.
Curti também o set list roqueiro da edição, aquela balada do Creedence é demais.
Abraço,
Ismael.
Bom, Ismael, de antemão, obrigado por me comparar com Wisława Szymborska. Como gosto demais do que ela escreve, obrigado pela lisonja.
Pois é, Ismael, torço para que em breve você esteja em forma novamente com seu impecável polonês em sotaque.
Quanto à parte roqueira do Caiu na Rede, você bem sabe que não abro mão do nosso bom e velho roquezinho.
Em tempo: como você disse que gostou da Wisława Szymborska, tomo a liberdade de traduzir, abaixo, mais um texto dela, cujo título é “Vietnam”.
Grande abraço e grato por conferir.
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Mulher, qual seu nome? – Eu não sei.
Qual sua idade? De onde você é? – Eu não sei.
Por que você furou esse buraco? – Eu não sei.
Há quanto tempo você tem se escondido? – Eu não sei.
Por que você mordeu meu dedo? – Eu não sei.
Você não sabe que a gente não vai te machucar? – Eu não sei.
De que lado você está? – Eu não sei.
Isto é guerra, você tem de escolher. – Eu não sei.
Seu vilarejo ainda existe? – Eu não sei.
Aquelas são suas crianças? – Sim.
Lívio,
Lindo o poema da polonesa. E como disse o Ismael, tem um pouco a ver com o seu estilo mesmo. Foi uma ótima oportunidade para recolocar em prática o meu polonês.
Abraço,
Luís André
Legal, você ter gostado do texto, Luís André. E agradeço também a você pela comparação.
Quanto ao polonês, não o negligencie.
Grande abraço.
Mandou muito bem, Lívio. Os versos são fantásticos. No aguardo das próximas traduções. Parabéns e muito obrigado.
Obrigado, Manoel. Valeu por conferir.
Em tempo: a comparação do Ismael é bastante pertinente. Comecei a ler o post pelo final e jurava que os versos eram seus. Abraço.
Como dito acima, Manoel, fico contente com a comparação.
Valeu.
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